American Airlines anuncia que não vai servir álcool a bordo até 2022

A companhia aérea American Airlines decidiu que não servirá mais álcool nos seus voos este ano. A restrição, que foi anunciada aos funcionários ontem (19) e divulgada pela CNN americana na manhã de hoje, deve durar pelo menos até o fim do mandado federal que obriga passageiros a usar máscaras a bordo de aeronaves nos EUA.

A não ser que o governo federal a estenda, a medida será encerrada em 18 de janeiro de 2022.

Relacionadas

Companhia aérea pede a comissários que não usem fita adesiva em passageiros

Pandemia faz companhia aérea mudar até o modo como embarca passageiros

Companhia aérea proíbe o uso de máscaras de tecido a bordo de seus voos

"Estamos fazendo tudo o que for possível para criar um ambiente seguro para nossos tripulantes e passageiros a bordo de nossas aeronaves", diz o comunicado. A American Airlines já havia suspendido o serviço de álcool no início do verão americano, que acontece entre junho e setembro.

No entanto, o plano original era retomar a oferta de bebidas alcoólicas em 13 de setembro, data em que o mandado federal originalmente terminaria antes do avanço da variante delta sobre o território do país.

A TSA (Transportation Security Adminstration — órgão federal que regula a segurança do transporte em território americano) anunciou na terça-feira (17) a prorrogação da exigência de máscaras a bordo de aeronaves para "minimizar o espalhamento da covid-19 no transporte público".

Álcool x segurança de bordo

Ontem (19), a F.A.A. (Federal Aviation Administration, órgão que regula a aviação civil nos EUA) multou 34 passageiros em US$ 530 mil, cerca de R$ 2,9 milhões em cotação de hoje, por indisciplina durante voos, como agressões contra comissários e recusa em usar as máscaras de proteção.

A instituição também reconheceu que o número de incidentes violentos relacionados a mau comportamento de passageiros aumentou durante a pandemia, relatando que houve mais de 3.800 denúncias de incidentes violentos nas aeronaves em 2021, as quais geraram 682 de investigações sobre possíveis violações de leis federais.

Diversas companhias aéreas americanas já haviam suspendido a venda de bebidas alcoólicas entre março e junho de 2020 para minimizar a interação entre tripulantes e passageiros com o objetivo de garantir voos mais seguros.