Passageira de cruzeiro que sofreu surto de covid-19 no Caribe morre nos EUA
Uma passageira do navio Carnival Vista, que partiu dos EUA no fim de julho e fazia um cruzeiro pelo Caribe quando foi identificado um surto de covid-19 a bordo no início de agosto, morreu de complicações da doença em 14 de agosto, segundo o jornal "The New York Times".
Marilyn Tackett, de 77 anos, era de Oklahoma, foi a única turista a testar positivo para o SARS-CoV-2 dentro da embarcação — os outros 26 infectados eram tripulantes, segundo as autoridades de turismo do governo de Belize, onde o navio estava atracado quando o surto foi identificado.
Ao apresentar agravamento dos sintomas, ela foi internada em um hospital em Belize. Dias depois, segundo comunicado da família em uma página de crowdfunding que tinha como objetivo pagar pelo seu tratamento, ela foi transferida para Tulsa, em seu estado natal, onde continuou a receber tratamento médico. No dia 14, no entanto, Marilyn não resistiu e morreu devido a complicações da covid-19.
"Sentimos muito por saber da morte de uma passageira que estava a bordo do Carnival Vista", lamentou a companhia Carnival Cruise Line ao jornal, que também teria afirmado que é bastante improvável que Marilyn Tackett tenha sido contaminada dentro da embarcação, que deixou o porto de Galveston, no Texas, em 31 de julho. A empresa não testa passageiros vacinados antes do embarque, no entanto.
A Carnival Cruise Line garantiu à publicação também que ela recebeu cuidados especializados a bordo antes de ser removida para o hospital e, desde 7 de agosto, exige que passageiros vacinados e não-vacinados usem máscaras em áreas cobertas os navios, além de banir fumo dentro do cassino.
"Protocolos são desenvolvimentos para serem flexibilizados e adaptados. Foi o que fizeram neste contexto com o desejo de mitigar e minimizar a ameaça da covid, que está em toda parte, infelizmente, e vai continuar presente em todo lugar por muito tempo. Nunca sugerimos que nossos navios seriam livres da covid-19. Mas criamos nossos protocolos para atender e até exceder as orientações do CDC e nós vamos continuar vigilantes enquanto focamos em dar aos nossos passageiros ótimas férias", afirmou Chris Chiames, diretor de comunicação da Carnival Cruise Line, ao jornal.
O surto a bordo do Carnival Vista foi o maior registrado por autoridades americanas, de acordo com o "The New York Times", desde a liberação dos cruzeiros entre os EUA e a região do Caribe em junho. O navio atracou em Belize com 2.895 passageiros e 1.441 tripulantes no dia 11. Dois dias depois, após os testes exigidos pré-desembarque, 26 funcionários e um turista testado positivo.
Na ocasião, o Ministério do Turismo do país informou em comunicado que todos foram isolados e a maioria continuava assintomática. Além disso, todos os tripulantes infectados já haviam sido imunizados. Dentre os turistas a bordo, 96,5% estavam vacinados; já os funcionários foram 99,98% vacinados.
No entanto, a variante delta, que é altamente transmissível mesmo entre aqueles imunizados, preocupa as autoridades sanitárias americanas. No dia 20, o CDC (Centers for Disease Control and Prevention, órgão de controle de doenças infectocontagiosas no país) aumentou o alerta para viagens de navio — que agora são classificadas como de alto risco.
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