"Nerd assumida, fiz estampa para tênis que une stormtrooper e Frida Kahlo"
Sou uma nerd irremediável: adoro cultura pop e especialmente os stormtroopers, soldados imperiais do Star Wars. E sou também artista, não só de profissão. Então me pareceu natural desenvolver estampas que misturam elementos da história da arte e da cultura pop, pois ambas me inspiram muito.
Juntei tudo em um projeto de desenvolver estampas em ponto cruz com essas paixões. Chamava-se Studio Geek Stitch e era só um hobby, um jeito de extravasar minha hiperatividade criativa. Fiz releituras de obras famosas, tipo o Homem Vitruviano com stormtrooper e algumas de Andy Warhol com Popeye e minions. Essa estampa da Frida Trooper, ou Trooper Kahlo, virou o meu xodó.
Um pouco antes da pandemia, viajei para o México e me apaixonei pela cultura de lá. Os costumes, a ancestralidade, é uma cultura muito rica e colorida.
A figura da Frida e as cores me inspiraram muito, tanto que recentemente tatuei no braço a flor cempasúchil, conhecida em português como cravo-de-defunto, que eles usam de decoração no dia dos mortos. Por isso, nada mais natural do que criar uma estampa que celebrasse essa minha nova paixão, daí a Frida Trooper.
Como eu estava há muito tempo fazendo ponto cruz no tecido tradicional, veio também uma vontade de usar a técnica em outros suportes. Quis tentar em camiseta, papel... Até em madeira eu bordei. Foi essa pira de testar suportes diferentes. Deu certo, ficou superbacana.
Muita gente acha que o ponto cruz é muito tradicional, por ele ter essa carinha de vovó. Mas poucos param para pensar que o ponto cruz é a mãe dos pixels".
Para quem faz design, o pixel art ou o 8bit são artes moderninhas e têm a ver com games e cultura pop. Mas o o pai de todos eles é, para mim, o ponto cruz. Acho que ao criar essas minhas estampas e usar a técnica em suportes diferentes, ele se torna ainda mais subversivo.
O que mais gosto da estampa é a memória afetiva, mas também essa versatilidade de poder aplicar em vários lugares. Ela também reverberou muito no Instagram quando publiquei como arte digital.
Muita gente pediu para comprar a estampa para bordar também. Até a marca dos tênis entrou em contato para pedir autorização para divulgar! Eu sou meio viciada em tênis, então fiquei muito empolgada com isso.
Por enquanto, o tênis está guardado como obra de arte. Ao menos até eu impermeabilizar a estampa para poder usar na rua. Já a camiseta eu uso bastante. É uma peça dessas não exige produção, mas sem dúvida dá um toque especial.
Meu guarda-roupa é todo preto, branco e cinza, com alguma pinceladas de amarelo e laranja, então uso acessórios e tênis coloridos para dar uma quebrada na paleta mais sóbria.
Embora não tenha planos de personalizar mais peças com a mesma estampa, pretendo fazer um ponto cruz gigante com ela. Ela vai sair do meu guarda-roupa para a decoração da minha casa nova, num intercâmbio perfeito entre arte, cultura pop, moda e decoração.
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