EUA encurtam prazo de testes de covid-19 aceitos para embarque em cruzeiros
O CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças), órgão do governo americano que monitora a evolução da pandemia, apertou novamente as rédeas no combate da covid-19 em cruzeiros. Após reclassificar as viagens marítimas como "de alto risco" no fim de agosto, o órgão diminuirá a validade dos testes aceitos para o embarque nos navios em território dos EUA a partir de 13 de setembro, segundo a Travel and Leisure.
Para realizar viagens marítimas a partir da próxima semana, os turistas serão obrigados a apresentar um teste negativo para a covid-19 realizado até dois dias antes da partida, mesmo que já tenham sido totalmente vacinados.
Anteriormente, viajantes que decidissem prosseguir com os planos de embarque — mesmo após a recomendação do órgão de que ficassem em casa — deveriam ser testados para a covid-19 de um a três dias antes de subir a bordo e de três a cinco dias depois do retorno para casa, ainda segundo o CDC, tendo sido totalmente vacinadas (com duas doses ou uma vacina de dose única) ou não.
Passageiros não vacinados serão obrigados a fazer um PCR em até três dias antes do embarque, um PCR ou teste de antígeno no dia da partida e outro antes de desembarcar, ainda segundo a publicação. O CDC ainda pediu às empresas de cruzeiros que repensem as liberações para passageiros completamente vacinados não usarem máscara a bordo do navio.
As companhias Carnival Cruise Line, Princess Cruises, MSC Cruises, Disney Cruise Line e Royal Caribbean já apresentam a nova exigência para as viagens marcadas após 13 de setembro. A Carnival Cruise Line está exigindo máscaras a bordo, enquanto a Disney Cruise requer que todos os passageiros, vacinados ou não, sejam testados novamente no momento do embarque.
Por que as mudanças?
As mudanças acontecem após uma passageira do navio Carnival Vista, que partiu dos EUA no fim de julho e fazia um cruzeiro pelo Caribe quando foi identificado um surto de covid-19 a bordo no início de agosto, morrer de complicações da doença em 14 de agosto, segundo o jornal "The New York Times".
Marilyn Tackett, de 77 anos, era de Oklahoma, foi a única turista a testar positivo para o SARS-CoV-2 dentro da embarcação — os outros 26 infectados eram tripulantes, segundo as autoridades de turismo do governo de Belize, onde o navio estava atracado quando o surto foi identificado.
O surto a bordo do Carnival Vista foi o maior registrado por autoridades americanas, de acordo com o "The New York Times", desde a liberação dos cruzeiros entre os EUA e a região do Caribe em junho. O navio atracou em Belize com 2.895 passageiros e 1.441 tripulantes no dia 11. Todos os funcionários infectados já haviam sido imunizados. Dentre os turistas a bordo, 96,5% estavam vacinados; já os trabalhadores eram 99,98% vacinados.
No entanto, a variante delta, que é altamente transmissível mesmo entre aqueles imunizados, preocupa as autoridades sanitárias americanas.
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