Móveis de madeira estilo "casa de avó moderna" são mix entre antigo e novo
Jucá Mobília
Se o mundo caminha para um consumo mais consciente, vale prestar atenção em quem soma história, manualidade e afeto às criações. Quando há essas camadas, nos conectamos mais com as escolhas e descartamos menos, já reparou? As arquitetas Milena Chuba e Carmen Mendonça, sim. Por isso, dão nome de pessoas especiais às peças que criam para a Jucá Mobília (@jucamobilia). Também por essa razão, móveis e objetos ganham um desenho que harmoniza nostalgia a um desenho atual.
Há quatro anos, depois de cursar Marcenaria na Oficina Lab, Carmen se apaixonou pelo fazer manual. Amiga de Milena havia mais de dez anos, com parcerias de sucesso na faculdade, a convidou a fazer experimentações com madeira. "Na época, eu trabalhava mais como arquiteta e a Carmen estava encontrando uma identidade para a Jucá. Eu estava acostumada com uma escala maior, mais palpável. Mas me encantei com o fazer manual", lembra Milena.
Carmen, que cresceu indo a antiquários com a mãe, trouxe o gosto pelo móvel antigo. O olhar mais atual veio de Milena. Match total: nascia assim a identidade da Jucá, nome que homenageia uma árvore brasileira da Mata Atlântica da qual tudo se aproveita.
Preocupação com as árvores
Milena e Carmen são conscientes de que é preciso derrubar árvores para fazer móveis — quando se fala em madeira, não há como fugir desse fato. Mas há como contorná-la, evitando espécies em risco de extinção e aproveitando todo o material.
"Amamos freijó, mas estamos em despedida dele, por esse risco. Sempre pensamos na disponibilidade e na sustentabilidade da nossa produção, explicando aos clientes sobre a madeira utilizada. Damos uma ideia da estética, da tonalidade da madeira, mas nos adequando a essa realidade", contam.
Temos mais espécies de madeira que a Europa inteira. É uma riqueza. Não há madeira ruim, existem as aplicações corretas para cada uma, basta ter conhecimento".
Quem compra pode escolher entre os desenhos prontos da dupla ou por encomendar um móvel especial, que ganhará seu nome. O prazo varia de acordo com a complexidade e a capacidade delas, que são em duas — e, atualmente, em busca de mulheres para fazer parcerias na serralheria e no estofamento. "Nossa peça mais complexa é a cadeira de balanço, que fica pronta em 60 dias. O revisteiro é mais rápido, sai em um mês", explicam.
Entre a mistura de materiais, texturas, do desenho antigo com contornos atuais, a dupla se inspira mesmo é nas casas de avó. "Gostamos de materiais que estão no imaginário das pessoas, trazemos algo inusitado e tudo flui. Muitas vezes complementamos as linhas traçadas, uma da outra."
Da parceria e do trabalho com a marcenaria nasceu também uma lição para a vida: a madeira as ensina a esperar, a não pular etapas e a se adaptarem, caso algo não saia como previsto.
"Madeiras são únicas. Às vezes, por algum motivo, elas não estão prontas, o tempo está úmido ou ainda não secaram bem. Aprendemos que nem tudo é no tempo que a gente quer", diz Milena.
@s que nos inspiram
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