Fernando de Noronha exigirá comprovante de vacinação de turistas
A partir do próximo dia 1 de outubro, o arquipélago pernambucano entra em outra fase de flexibilização e terá novas regras para quem pretende visitar esse destino a 540 quilômetros do Recife.
Segundo nota emitida pela Administração de Fernando de Noronha, a ilha passará a exigir apresentação da carteira de vacinação digital que comprove que o visitante tomou as duas doses da vacina ou a dose única.
O visitante precisará ter tomado a última dose com mais de 21 dias antes da data do desembarque na ilha.
Já quem está parcialmente imunizado com apenas uma dose, será necessário apresentar também exame RT-PCR negativo, feito 48h antes do embarque, ou exames IgG por sorologia ou de anticorpos neutralizantes, ambos realizados em laboratório. A administração alerta também que testes rápidos e exames de busca de antígenos não serão aceitos.
Visitantes entre 12 e 17 anos que não tenham tomado vacina também precisarão apresentar os exames. Para a entrada de crianças de 7 a 11 anos será necessário apresentar resultado negativo de teste RT-PCR ou resultado reagente do exame IgG por sorologia, realizado em laboratório. Crianças de até 6 anos ficam dispensadas da apresentação de exames.
A administração informou também que quem não tiver tomado nenhuma dose fica proibido de entrar na ilha.
Ilha livre da Covid
Com as novas medidas, Noronha fica mais exigente com a entrada de visitantes, já que até agora era necessário apresentar apenas RT-PCR negativo ou IgG positivo.
"Somos um território muito pequeno, a propagação do vírus na ilha pode ser muito rápida casa não haja cuidado com os protocolos", avalia o superintendente em saúde da ilha, Fernando Magalhães, que acredita em um equilíbrio entre a segurança da população local e o retorno seguro do turismo.
Para Magalhães, a flexibilização na entrada de visitantes só foi possível pois, há 10 dias, 100% da população adulta noronhense está imunizada com as duas doses. Em setembro, pela segunda vez neste ano, o destino chegou a zerar os casos de Covid-19 pela quinta vez, desde o início da pandemia, em 2020.
Com o novo protocolo, os visitantes ficam dispensados de realizar o exame aleatório de saída que, desde o ano passado, era feito por amostragem, a partir de um sorteio automático de 30% dos passageiros no sistema do Controle Migratório.
Na última segunda-feira, 20 de setembro, a ilha deu início à segunda fase de um estudo em moradores locais que avaliará a imunidade da população após a aplicação da segunda dose, a partir da coleta de sangue dos moradores da ilha.
A terceira e última fase está programada para acontecer em fevereiro do ano que vem, após seis meses da aplicação da segunda dose da vacina.
De acordo com Magalhães, o resultado dessa nova fase da pesquisa será fundamental para a avaliação da necessidade de uma terceira dose ou vacinação a cada seis meses.
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