Austrália anuncia início da abertura de fronteiras para viagens em novembro
O primeiro-ministro Scott Morrison anunciou nesta sexta (1º) que a Austrália iniciará o processo de reabertura gradual de suas fronteiras em novembro, um mês antes de expirar o "período de emergência de biossegurança", medida de restrição de circulação que combate a propagação da covid-19 e que duraria até 17 de dezembro.
Flexibilizações deverão se iniciar em cada região do país em datas diferentes, a medida que forem atingido a marca de 70% de população vacinada com duas doses ou dose única. No entanto, "esperamos que o sistema todo comece a funcionar em novembro", diz o comunicado do governo.
Não há previsão ainda para que o país volte a receber estrangeiros, mas a implantação e execução bem-sucedida das primeiras etapas do plano nacional de reabertura serão fundamentais para esta retomada, sinalizaram as autoridades australianas.
Atualmente, os estados de Nova Gales do Sul e Austrália do Sul já realizam programas-piloto de quarentenas para viajantes e os protocolos desenvolvidos atualmente nesta "fase A" serão usados para o início da reabertura, as fases B e C.
Sendo um país insular, boa parte da população australiana era bastante móvel antes da pandemia, frequentemente se deslocando especialmente à vizinha Nova Zelândia. Com as fronteiras fechadas há 18 meses, muitos australianos estão isolados de suas famílias desde o início da pandemia.
Em cada estado ou território que entrar nas fases de reabertura, australianos ou residentes permanentes totalmente vacinados com imunizantes aprovados no país poderão viajar internacionalmente, mas deverão cumprir quarentena de sete dias em casa ao retornar. Já aqueles não vacinados deverão realizar quarentena de 14 dias em local determinado pelo governo.
Atualmente, as vacinas da Pfizer, AstraZeneca (Vaxzevria, produzida na Inglaterra), Janssen e Moderna são reconhecidas no país. No entanto, o primeiro-ministro anunciou hoje que a Therapeutic Goods Administration (TGA), a Anvisa australiana, está analisando o reconhecimento de outras vacinas e já deu sua aprovação inicial aos imunizantes CoronaVac e AstraZeneca (Covishield), produzida no Brasil pela Fiocruz, para permitir a entrada de viajantes.
Cidadãos que não podem ser vacinados por motivos de saúde ou menores de 12 anos, que não se qualificam para a vacinação, serão considerados totalmente vacinados ao viajar e, por isso, precisarão realizar apenas a quarentena de sete dias em casa ao retornar.
Segundo Scott Morrison, a ideia é que quarentenas sejam eliminadas para aqueles que estão completamente vacinados em breve. Além disso, é parte do plano eliminar eventualmente a necessidade de quarentena no retorno de alguns destinos considerados seguros, como Nova Zelândia.
Testagens para viajantes também deverão ser mantidas, mas o governo estuda a possibilidade de exigir apenas testes rápidos negativos no lugar do PCR ou do exame de antígeno. O país também desenvolve, no momento, um certificado de vacinação de reconhecimento internacional.
"Nosso governo está tentando equilibrar a necessidade de minimizar o risco que a propagação da covid-19 apresenta com a necessidade de viver com o vírus", justificou o primeiro-ministro. Novas atualizações a respeito das medidas devem ser divulgadas nas próximas semanas.
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