Sexy e livre pós-pandemia: as tendências da Semana de Moda de Paris
O futuro é agora. Depois de quase dois anos vivendo em consequência da pandemia de coronavírus, a moda vai recuperando a sua normalidade, mas não como antes, como mostrou a Semana de Moda de Paris. É impossível ignorar tudo o que vivemos durante esse período e como iremos nos comunicar com o mundo novamente, por meio do que vestimos.
As coleções de Primavera/Verão 2022 apresentadas no evento têm um papel importante nesse vislumbre. Por serem estações mais vívidas, as roupas precisam trazer uma perspectiva que encoraja o otimismo do público. Isso não é uma mera teoria, mas uma responsabilidade da moda que já se repetiu ao longo das últimas décadas.
Com grandes nomes europeus, como a Balenciaga, Dior, Saint Laurent, entre outros, a Semana de Moda de Paris SS22 nos apresentou quais serão as tendências no hemisfério norte — as quais provavelmente irão migrar para cá nas mãos dos designers brasileiros, a partir de suas próprias interpretações.
Formatos-extras
Aqui em Nossa, já contamos como os ternos estão ganhando novos caimento nos corpos masculinos, mas não é uma exclusividade dos trajes mais sociais. As roupas em Paris mostraram que nossos corpos podem ser explorados, por meio de roupas, de diferentes formas.
Para isso, a Ann Demeulemeester colocou a alfaiataria em um novo patamar. Sim, nem todo o corpo precisa estar coberto por tecido. Já Raf Simons mostrou uma combinação ampla das camisas sociais com saias e botas. Em suas formas mais amplas.
Na coleção de Andreas Kronthaler para Vivienne Westwood, nem tudo foi levado a sério — no melhor dos sentidos. As proporções foram desmedidas, mas de forma inovadora. A presença do látex ajudou a criar estruturas irreverentes. Já as calças apareceram em um formato quase-macacão, em que as pernas criavam a forma de uma gota junto ao resto do corpo.
As populares armaduras peitorais aparecem no desfile da Loewe, acompanhada de um vestido sobretudo que parecia cair ao corpo e imediatamente vestir o corpo da modelo. Enquanto a Valentino deu sequência a sua identidade com uma camisa-vestido em tamanho maxi.
Sensual extravagância
O que é sexy para você? Essa interpretação é particular para cada um de nós. Logo, é sempre possível ir do mais ordinário até o mais extravagante quando essa questão é retratada.
As peças mais sensuais de Ludovic de Saint Sernin priorizaram as transparências — que apareceram em vestidos mais curtos — e os brilhos, abrindo caminho para um homem com diferencial.
Extravagante, a Loewe exibiu um top que se apresentava como faixas cruzadas entre os seios. A Rick Owens, por sua vez, apostou em peças que criavam um imaginário futurístico e sexy. Quase uma mensagem de que é possível conquistar novos planetas sem perder uma abordagem ousada.
Insaciável, a Saint Laurent mostrou a sua faceta ousada a qual já conhecemos. Nem por isso tudo precisa ser (tão) explícito. Os decotes com transparência, que deixavam os seios à mostra, foram balanceados por outros looks de alfaiataria que deixavam grande parte do busto exposta.
E se faltar espaço nas mãos, a grife francesa reforçou que nada é mais sexy do que posicionar sua bolsa carteira na cintura.
Artesanal
Durante a pandemia, poucas coisas se popularizaram tanto quanto os trabalhos artesanais, como o crochê, rendas, tie-dye e o patchwork. Não diferentemente, na Semana de Moda de Paris essas práticas também tiveram o seu protagonismo.
Marine Serre, que ficou conhecida por vestir Beyoncé e Dua Lipa com a estampa de meia-lua, usou tecidos reciclados e construiu um universo rústico por meio do patchwork repleto de relevos. Na mesma linha, a Chloé reaproveitou grande parte do seu estoque de panos para criar um visual sustentável e caprichado.
Para a Acne Studios, o crochê foi um dos destaques: "O visual é provocativo e duro, mas é baseado em artesanatos que depois são subvertidos", disse Jonny Johansson, diretor criativo da marca.
Com isso, fica o aprendizado: tudo o que foi criado durante o confinamento, pode ficar ainda melhor nas ruas para os próximos tempos.
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