Último voo da Alitalia após quase 75 anos é marcado por choro e protestos
A Alitalia fez seu último voo, o AZ 1586, nesta quinta (14), após quase 75 anos de operações. Fundada em 1946, empresa que ficou famosa por transportar papas, começou a voar em maio de 1947.
Tanto o embarque em Cagliari, na Sardenha, às 22h05 quanto o desembarque em Fiumicino, na região metropolitana de Roma, às 23:32 foram marcados por muita emoção de pilotos, comissários, passageiros e funcionários da companhia aérea italiana.
Durante todo o último dia, no entanto, o aeroporto da capital foi palco de protestos de funcionários e outros cidadãos indignados pelo encerramento da empresa.
A Alitalia surgiu ainda como a estatal Aerolinee Italiane Internazionali (Linhas Aéreas Italianas Internacionais), a companhia passou por diversas dificuldades financeiras ao longo dos anos. Em 2009, foi privatizada e, nos últimos anos, chegou a negociar uma fusão mal sucedida com a Air France-KLM, além de ter recebido empréstimos do governo italiano para continuar operando.
Seu fim foi anunciado em agosto, após o governo italiano ter dado no ano passado a sua aprovação para a fundação de outra empresa aérea estatal, a ITA (Italia Trasporto Aereo), que fez hoje (15) seu primeiro voo com o mesmo código AZ.
Apesar de a ITA ter adquirido parte da frota da Alitalia, a nova companhia aérea tem menor porte e, por isso, não absorverá os quase 11 mil funcionários da antecessora. Ao menos, não imediatamente.
Segundo a agência de notícias ANSA, a ITA iniciará sua trajetória com 2,8 mil funcionários. Já a frota inicial será de 52 aviões, cobrindo um total de 45 destinos, como Nova York, Miami, Tóquio, São Paulo e Buenos Aires.
Ao anunciar a criação da nova companhia à imprensa local, o governo italiano informou que sua expectativa era de reabsorver outros 5.750 funcionários da Alitalia em 2022.
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