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Restaurante na Flórida recorre a robôs por falta de garçons na pandemia

Carlos Gazitua e um dos robôs Servi, que substitui parte do seu time de funcionários ausentes - Reprodução/Instagram
Carlos Gazitua e um dos robôs Servi, que substitui parte do seu time de funcionários ausentes Imagem: Reprodução/Instagram

De Nossa

22/10/2021 09h46

A rede de restaurantes Sergio's, no estado americano da Flórida, se viu em uma situação insólita quando as casas foram autorizadas pelo governo a reabrir: os funcionários relutavam em retornar ao trabalho temendo a contaminação pela covid-19.

Para poder recuperar as perdas provocadas pela pandemia, o dono do negócio e entusiasta de inteligência artificial Carlos Gazitua encontrou uma solução criativa: utilizar robôs para substituir parte do time de garçons e garçonetes. As máquinas funcionam como apoio para os trabalhadores que continuam no local.

Os robôs Servi custam ao dono US$ 999, cerca de R$ 5.570, por mês, com manutenção inclusa, de acordo com o The New York Times. Eles usam câmeras e sensores a laser para carregar os pratos da cozinha às mesas, onde o garçom ou garçonete pode servir o cliente e anotar pedidos adicionais.

Enquanto o robô faz o serviço pesado, o trabalhador dá atenção aos clientes e, garante Carlos, consegue atender mais mesas, o que se reflete em maiores gorjetas. "Nas primeiras duas horas, os funcionários ficaram maravilhados".

A rede de restaurantes de comida cubana não está sozinha. A Bear Robotics, que fabrica o robô Servi, já comercializa exemplares para outras casas, bares, além de casas de shows e cassinos.

Segundo a publicação, há robôs também nas cozinhas de alguns restaurantes que enfrentavam dificuldades para conseguir trabalhadores. Eles são capazes, por exemplo, de fritar batatas ou asas de frango de maneira padronizada e com menor risco de contaminação.

O bar The Tipsy Robot, em Las Vegas, já usa braços robóticos criados pela marca Makr Shakr para preparar drinques desde sua abertura em 2017. No entanto, os robôs se provaram mais úteis depois da pandemia.

"Eu estava recebendo 120 candidaturas por dia para bartender em 2019. Em 2021, a gente demora três semanas para conseguir 14. E dessas 14, ninguém apareceu para as entrevistas", reclamou ao Times. Para estes comerciantes, a ajuda "extra" veio a calhar — e talvez para ficar.