Plantas de veludo unem cor, estilo e design na decoração da casa
Muito antes dos urban jungles pipocarem mundo afora, Vanessa Lazzari era daquelas que viviam em busca de uma planta nova. "Mas tê-las dentro de casa sempre foi um problema para mim. No dia a dia, não rolava. Precisava colocá-las no quintal para sobreviverem", diz ela, que mora em uma casa com gramado, ampla, e tinha essa possibilidade.
Essa frustração se espremia na vida cotidiana, enquanto Vanessa estava atenta a outra, bem maior: a vida profissional. Depois de trabalhar em uma agência publicitária em Porto Alegre (RS) e na empresa de móveis da família, em Garibaldi (RS), ela só tinha uma certeza: a de que o design era um caminho interessante.
"Em 2019, a empresa ia bem, mas eu senti que precisava de uma mudança", conta. Foi assim que decidiu por um período sabático. "Nesse tempo fiz um monte de coisas. Quis me redescobrir mesmo. Comecei a trabalhar com escultura, fiz experiências com arame, cimento...Tenho uma girafa de 4 metros no quintal que veio desse momento", ri.
Como nascem as ideias
Um dia, ela ia colocando mais uma planta para fora de casa quando teve uma catarse. Passou a se perguntar se era só com ela o problema — e cá pra nós, querido leitor, a grama do vizinho, você sabe... sempre nos irritando, não tem jeito, é no mundo inteiro.
O fato é que Vanessa transformou ódio em amor. Juntou retalhos de tecido e criou uma planta têxtil, inspirada nas que quase morreram na sala. "O resultado ficou mais ou menos. Mas persisti. A outra ficou melhor e a terceira, mais bonita", lembra.
As plantas artísticas de veludo chegaram ao visual de agora após alguns testes — e já de imediato foram recebidas com entusiasmo pelo mercado. Em plena pandemia, maio de 2020, o Instagram @vanessalazzari as exibia cheio de curtidas.
"O público gostou muito da coleção Plantae porque as peças podem ser personalizadas e trazem a natureza para dentro de casa. As formas são inspiradas em plantas naturais", aponta. É uma coleção porque a criativa tem mil ideias ainda e seu ateliê não se resume a essas criações.
Ao lado de outros dois artesãos, Vanessa faz quase tudo manualmente, embora haja uma parte da montagem na máquina de costura. "O mais difícil de elaborar é a bananeira que mede 3 metros. Preciso ir para fora do ateliê para montar", conta. As encomendas levam 30 dias de produção — e às quartas-feiras não há expediente, o dia é livre. Por mês saem 300 itens de Garibaldi para o mundo.
Minha inspiração vem da paixão pela natureza. Poder trazer plantas para dentro de casa renova minhas energias."
Encontrar, ao mesmo tempo, uma solução para a vida e a carreira: quem não quer? "Sinto que eu renasci. Toda a caminhada foi importante para fundar minha empresa. Agora tenho liberdade total de criar. E isso é só a ponta do iceberg, vem mais por aí", conta, vibrando.
@s que me inspiram
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