Israel volta a receber estrangeiros vacinados fora de grupos de turismo
O governo de Israel reabriu a fronteira do país para viajantes estrangeiros completamente vacinados contra a covid-19 e que não estão acompanhados de um grupo de turismo, apenas através do aeroporto Ben Gurion.
A medida entrou em vigor na segunda-feira (1) e é válida para cidadãos imunizados com todas as vacinas já aprovadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde), além da russa Sputnik V.
Para ter sua entrada liberada em território israelense, o viajante não pode ter passado os últimos 14 dias em um país da lista vermelha das autoridades de saúde locais. O Brasil atualmente consta na lista laranja, por ser considerado país de médio risco para a covid-19.
Quais as regras para cada vacina?
Os vacinados com imunizantes da Pfizer, Moderna, AstraZeneca (seja a britânica Vaxzevria ou a indo-brasileira Covishield), Sinovac (CoronaVac), Sinopharm e Janssen só serão considerados aptos a entrar em Israel após 14 dias de ciclo de vacinação completo, seja com a segunda dose, dose única ou dose de reforço.
No entanto, na data de saída do país, não pode ter se passado mais de 180 dias da última dose, período após o qual se verifica queda da proteção oferecida pelas vacinas contra a covid-19.
Aqueles que receberam duas doses da Sputnik V há pelo menos 14 dias poderão entrar em Israel a partir de 15 de novembro, mas deverão se submeter a um teste sorológico para a covid-19 e permanecer em isolamento até que o resultado do exame prove que os anticorpos contra a doença foram detectados.
A data de saída do país também não deve ultrapassar a validade de 180 dias da segunda dose.
Recuperados podem fazer turismo?
Já aqueles que tiveram covid-19 e já receberam pelo menos uma dose de vacina aprovada pela OMS poderão entrar no território com um certificado digital autenticado pelo Ministério da Saúde de Israel, baseado no resultado do teste molecular NAAT (similar ao PCR) positivo há, pelo menos, 11 dias, mas não mais do que 190 dias da data prevista de saída do país.
A entrada de recuperados só é válida para aqueles que possuírem certificados de vacinação reconhecidos digitalmente pelo sistema do Ministério da Saúde de Israel, como o da União Europeia e de países como Islândia, Reino Unido, entre outros disponíveis nesta lista. O Brasil, assim como os EUA e o Canadá, não fazem parte da relação.
Exigências para o embarque
Todos os viajantes devem preencher a declaração de passageiro antes de entrar em Israel.
Passageiros que não possuam um certificado digital de vacinação verificável pelo Ministério da Saúde israelense, como é o caso dos brasileiros, devem declarar seu status de vacinação no formulário, preencher um pedido para encurtar o período de isolamento, anexar os os documentos requisitados e aguardar o recebimento de um passe verde para o embarque.
No momento do embarque, será necessário apresentar um teste do tipo PCR negativo para a covid-19 feito em até 72 horas antes do voo, confirmação do envio do formulário e certificado de vacinação e recuperação, caso o passageiro se qualifique para ele, além de autorização de entrada no país.
Um novo PCR deverá ser realizado no aeroporto Ben Gurion, onde as autoridades de fronteira poderão ainda realizar novas avaliações aleatórias dos documentos. Os visitantes deverão permanecer em isolamento até o resultado negativo do exame ser obtido ou por, pelo menos, 24 horas.
Já aqueles que foram imunizados com a Sputnik V realizarão um exame sorológico no aeroporto, além do PCR e do isolamento exigidos.
Retomada do turismo
Israel voltou a receber pequenos grupos de 5 a 30 visitantes de países nas listas verde, laranja e amarela do governo local como parte de uma iniciativa para estimular o turismo após o impacto da pandemia de covid-19, em 19 de setembro.
Esta não foi a primeira vez que Israel reabriu para grupos de turistas. Em maio, mais de 2 mil viajantes, estimou a agência Reuters, visitaram as paisagens locais.
No entanto, um novo surto de covid-19 em agosto, provocado pela variante delta, havia suspendido o projeto e motivado o governo israelense a se tornar um dos primeiros no mundo a aplicar doses de reforço em seus cidadãos já totalmente vacinados.
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