Turista pode fazer teste de antígeno grátis em Lisboa para voltar ao Brasil
A prefeitura de Lisboa estendeu aos estrangeiros não residentes, ou seja, os turistas a possibilidade de fazer um teste de antígeno gratuitamente na cidade.
A medida beneficia os viajantes brasileiros que visitam o país desde 5 de outubro, quando o governo federal passou a aceitar este tipo de exame para o retorno ao Brasil.
Resultados negativos neste tipo de exame são válidos caso ele tenha sido colhido em até 24 horas antes do desembarque. Um teste de antígeno pode custar 21 euros (cerca de R$ 134) e o PCR pode sair por até 85 euros (R$ 543) em laboratórios parceiros da companhia aérea portuguesa TAP, por exemplo.
No entanto, o governo municipal lisboeta prorrogou a disponibilização gratuita e ilimitada do teste até o fim de 2021. Eles podem ser realizados em farmácias e postos móveis de testagem por toda a capital portuguesa. A lista dos estabelecimentos foi divulgada pela prefeitura.
Os resultados do exame saem em cerca de 30 minutos a uma hora e são usados como método de monitoramento da disseminação do vírus na cidade. Atualmente, Portugal tem 87% de sua população totalmente vacinada, mas uma média móvel de 845 novos casos por dia, de acordo com o jornal The New York Times.
São cerca de 8,2 novos casos a cada 100 mil habitantes. Comparativamente, o Brasil tem hoje 4,6 novos casos a cada 100 mil habitantes.
Turismo de brasileiros em Portugal
No momento, brasileiros vacinados e não vacinados podem fazer viajar a lazer para Portugal, mas seguem obrigados a apresentar um PCR ou teste de antígeno negativos realizados, respectivamente, 72 horas e 48 horas antes do desembarque.
Contudo, o governo português poderá eventualmente reconhecer o certificado de vacinação de brasileiros e desobrigá-los da apresentação de exame negativo para a covid-19 no desembarque ou para entrada em estabelecimentos do país.
A mudança ainda depende de que o governo do Brasil — que ainda exige o teste de todo estrangeiro que desembarca por aqui — também libere os portugueses para entrada sem necessidade de testes.
O Ministério da Administração Interna anunciou em 17 de setembro que reconhecerá apenas "a validade de certificados de vacinação ou recuperação emitidos por países terceiros, em condições de reciprocidade".
No momento, Portugal reconhece o "passaporte da vacina" de estrangeiros que tomaram imunizantes já reconhecidos pela Agência Europeia de Medicamentos: Pfizer, Janssen, Moderna ou AstraZeneca (Vaxzevria).
Não se sabe, no momento, quando os dois países entrarão em acordo a respeito dos seus certificados ou se Portugal reconhecerá o certificado de vacinação de brasileiros imunizados com a CoronaVac ou com a versão Covishield da AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fiocruz, que não foi aprovada na Europa até o momento.
A secretária do Turismo de Portugal, Rita Marques, disse à agência Lusa também em setembro que os dois governos trabalham juntos para o reconhecimento dos certificados de vacinação de seus cidadãos. "Há muita vontade de ambas as partes, mas também temos que ter uma preocupação, que é proteger todo o trabalho que fizemos durante estes 18 meses".
Ela ainda acredita que a questão é complexa. "Eles têm vários certificados, não têm um documento como nós temos na Europa, um documento único com um QR code que garanta as questões de segurança, da privacidade", afirmou sobre a dificuldade de equivalência nos documentos.
Apesar de cada estado ter sua própria carteira de vacinação, atualmente o certificado emitido pelo ConecteSUS, usado para viagens internacionais, já oferece QR code. É esperado, então, que as restrições possam ser flexibilizadas em breve.
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