O ousado decote "cortina aberta" ganha força e conquista as famosas
É hora de abrir as cortinas. Pelo menos, na moda. O indicativo para este momento é o sucesso por trás do cardigã La Maille Pralù, da grife francesa Jacquemus.
A marca posicionou a peça entre as mais pesquisadas (e populares) no último trimestre entre o público feminino, aparecendo em 7º lugar no relatório publicado pela varejista Lyst e a 1ª entre as roupas, no geral — acima dela aparecem apenas acessórios, como bolsas, da Balenciaga e Prada, e sapatos, da Nike e Versace.
O cardigã foi apresentado pela casa de moda de Simon Porte Jacquemus durante o desfile da coleção Outono/Inverno 2021 "La Montagne", em que uma diversa cartela de cores foi explorada e até uma espécie de sutiã para homens surgiu na passarela do desfile em Paris, na França.
Disponível para compra na loja oficial da grife francesa, o casaco aparece em dois tamanhos: o longo e o cropped, que podem ser comprados por R$ 2 mil e R$ 1,6 mil, respectivamente.
Tal decote "cortinas abertas" ou "cortinas reveladoras", como vem sendo chamado, é um dos pontos de destaque dessa peça produzida pela Jacquemus.
Os lados opostos do cardigã são ligados por uma fivela metálica minúscula, na cor dourada, com o nome da grife francesa em itálico.
Como previu a "Vogue" norte-americana: "a cortina aberta é a nova maneira de mostrar um pouco de pele que está sendo universalmente adotada pelas it-girls".
Entre elas, Bella Hadid. Afinal, não é novidade que basta a uber model usar uma peça para ela se tornar uma obsessão no mundo da moda.
Desde que a influenciadora usou o visual da Jacquemus, a plataforma global de compras de moda Lyst mostrou que as pesquisas pelas peças aumentaram 78%, a partir de termos como "top tie", "top lace up" e "top pin".
Além de Hadid, Hailey Bieber, Emily Ratajkowski e Megan Fox também aderiram ao look.
A última delas inclusive fez as buscas dispararem em 52% nas 48 horas seguintes em que ela foi vista vestindo uma versão vermelho-cereja com a saia La Jupe Valerie, também da Jacquemus.
Em possíveis releituras, não há dúvidas sobre a próxima tendência para o verão. No Brasil, ainda mais próximo.
Sensualidade e a moda verão
O "sexy" tem aparecido com frequência nas coleções mais recentes desfiladas nas Semanas de Moda em todo o mundo.
Não é algo a se estranhar. Isso porque a busca por algo mais vívido, se assim podemos dizer, é uma estratégia da moda para criar um novo fio. Um recomeço pós-pandemia, mesmo que seja por meio da forma com que nos vestimos.
Para Nossa, a consultora de moda Ana Vaz argumenta que, com o sucesso do conforto — que embora tenha ficado para trás, deixou resquícios duradouros — a tendência é ir além e conquistar o público de uma nova forma. Sobretudo, encorajando-o.
"A gente por um bom período se cobriu e fechou muito. Ficamos isolados", diz ela. "Muita gente não se relacionou, não manteve um tipo de relação afetiva e sexual. É comum quando você muda um comportamento, a moda acompanhar isso".
Há ainda outro lado da sensualidade. Do deleite dos sentidos. A sensualidade está muito relacionada a eles. O toque, o tato, a visão. instigar o olhar. Como roupas com recortes estratégicos que chamam atenção para uma parte do corpo, por exemplo. Tudo isso faz parte de explorar a sensualidade".
Ana Vaz ressalta ainda que, para a moda brasileira, isso deve acontecer com maior frequência, uma vez que as temporadas das coleções voltadas para o verão estão se aproximando.
"A gente vai ver mais cores, mais estímulos para a visão. Vamos ver também mais pele à mostra", completa. "É muito comum na nossa cultura conectar roupas com silhuetas mais aderentes. Há um crescente adesão de tops cropped, recortes, saias mais longas com fendas".
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