Topo

Oficiais confundem África com Ásia e permitem chegada de navio na Argentina

Navio vindo da África foi autorizado a entrar no porto de Buenos Aires - Divulgação
Navio vindo da África foi autorizado a entrar no porto de Buenos Aires Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

29/11/2021 16h38

O porto de Buenos Aires, na Argentina, foi palco de uma situação inusitada na última sexta-feira (26). De acordo com o site 'Clarín', autoridades confundiram a origem do navio "MS Hamburg" e o identificaram como sendo da Ásia, mas na verdade ele partiu do continente africano. A embarcação tem capacidade para mais de 400 passageiros e é operada pela empresa alemã Plantours Kreuzfahrten.

O erro só foi corrigido cerca de 12 horas depois de o navio atracar no Terminal de Cruzeiros Quinquela Martín, na capital argentina. Deste modo, os protocolos de segurança contra a nova cepa do coronavírus, a Ômicron, descoberta na África do Sul, não foram aplicados.

Ainda de acordo com 'Clarín', um inspetor da Diretoria de Saúde de Fronteiras, ligado ao Ministério da Saúde argentino, chegou a entrar em contato com um colega de trabalho que sustentava que o navio de Cabo Verde fazia parte do continente asiático.

A confusão do funcionário que argumentou que a ilha, localizada na costa senegalesa, fica na Ásia, fez com que o navio chegasse à Argentina praticamente sem controle específico. Quando o erro foi descoberto, os oficiais determinaram que os passageiros fossem colocados em quarentena. Porém, muitos deles já tinham conseguido desembarcar. Os que restaram foram obrigados a ficar em confinamento em cabines, aguardando a realização de testes.

Em entrevista a um canal de televisão local, a Diretora Nacional de Autorização, Inspeção e Saúde nas Fronteiras, Claudia Madies, confirmou a presença de um caso positivo de coronavírus no navio de Cabo Verde e afirmou que a pessoa está sendo monitorada.

Nesta segunda-feira (29), a Argentina determinou restrições para pessoas que estiveram no continente africano nos últimos 14 dias. Em 26 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a Ômicron como "variante de preocupação", pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína "spike". Pelo menos 17 países já registraram casos de COVID-19 provocados pela nova cepa.