Tábuas de cozinha esculturais e outras peças surgem da paixão pela madeira
Estúdio Carmine
Na sexta geração de uma família de bons marceneiros e luthiers, Tiago Datti cresceu envolvido pelo universo da madeira. A marcenaria era um hobby para os fins de semana, já que nos dias comuns ele desenhava móveis para um escritório de design. Fernanda Maleski, por sua vez, vinha do Design Gráfico e sonhava com o dia em que poderia tirar do computador suas criações.
Até que o destino juntou a dupla e fez uma reviravolta em suas carreiras. Juntaram não só as escovas de dente, mas as habilidades. "Começamos a fazer tábuas e presentear amigos. As pessoas começaram a perguntar onde vendia e começamos a pensar nisso", conta Fernanda. Eis que nasceu o Estúdio Carmine (@estudiocarmine), há cinco anos.
Quando comecei a trabalhar com madeira e vi o produto materializado, me apaixonei completamente".
Fernanda Maleski
O nome tem uma simbologia: kamine significa terra vermelha. Carmin, em italiano, é vermelho. "Nós dois viemos de terra vermelha, temos ascendentes indígenas e italianos", conta Tiago. Uma cor forte, que talvez explique o ímpeto que tiveram ao abraçar o empreendedorismo onde moram, em Curitiba (PR).
Sorte?
A palavra é coragem
"Começamos no susto. No Museu Oscar Niemeyer teria uma exposição que abria portas para jovens designers e faltava três semanas para encerrar. Não custava arriscar. Assim, nos inscrevemos. Trabalhamos que nem loucos e entregamos. Vendemos tudo em três dias", conta Tiago.
A primeira venda — feita para o ator e diretor Luís Mello, curador e colecionador de design — encorajou a dupla a seguir. "Ele tem a primeira peça que vendemos e isso nos motivou a seguir", contam.
O desenho das tábuas as situa entre o utilitário com olhar para o design e a arte — os desenhos encantam, em um processo todo manual. "Sempre digo que se for muito fácil, não é pra gente (risos). Trabalhamos com produtos utilitários, tínhamos que acrescentar uma função estética ou prática. Fazemos dois lançamentos por ano. A ideia é provar o conceito e manter o processo cuidadoso", diz Fernanda.
Em média, de 50 a 60 peças por mês são produzidas. Algumas, como as tábuas Halo, são entalhadas à mão, carbonizadas, em um processo que leva uma semana. "Prezamos pelo acabamento, mesmo aumentando a produção. Queremos que seja um diferencial mesmo no toque."
O mundo fascinante da madeira deu um propósito de vida ao casal. "É um material vivo, parece com uma pele, é impressionante", conta Fernanda. "Se você respeitar a madeira, ela entrega o que você quiser. Sou tão louco por ela, que termino de trabalhar e vou ler sobre marcenaria", diz Tiago.
@s que me inspiram
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