Empresa aérea britânica cancela 2.144 voos internacionais devido à ômicron
A companhia aérea British Airways cancelou 2.144 voos entre os dias 26 de novembro — dia em que a Organização Mundial de Saúde classificou a ômicron como variante de preocupação do SARS-CoV-2 — e 3 de dezembro, segundo levantamento da consultoria de análise da aviação Cirium divulgada pelo jornal "The Independent".
Dentre os voos já retirados da agenda da empresa diante do cenário de avanço de contágios e restrições impostas pelos países para conter o vírus, há datas de dezembro a março de 2022.
A maioria dos cancelamentos é referente ao mês de janeiro, que perdeu 1.146 voos previamente marcados. Já dezembro tem, atualmente, 545 voos a menos programados, enquanto de fevereiro foram eliminados 210 e, de março, 243.
Ainda segundo a publicação, apesar dos cortes, a agenda da companhia para o primeiro semestre de 2022 já é bem mais cheia do que a do primeiro semestre de 2021, quando muitos países ainda mantinham fronteiras totalmente fechadas e a vacinação não havia se iniciado de maneira robusta em boa parte do mundo.
A programação de fevereiro de 2022 tem, atualmente, 600% mais voos do que no mesmo mês deste ano, com 18.810 voos. Em 2021, este número era de 2.669.
As rotas mais afetadas são justamente aquelas que se encontram comprometidas pelas restrições atuais — 31 voos programados para janeiro partindo de Londres a Johannesburgo e Cidade do Cabo, ambas na África do Sul, foram removidos depois que o país foi incluso na lista vermelha do governo britânico.
Após a atualização da companhia, apenas dois trechos contam com uma oferta maior de voos: Londres-Cairo, no Egito, que ganhou 12 novos horários e Londres-Santiago, no Chile, com quatro novos horários de voos.
Ao jornal britânico Metro, a British Airways justificou as mudanças. "Como outras companhias aéreas, devido à atual pandemia do coronavírus, estamos operando com um calendário reduzido e mais dinâmico", limitou-se a esclarecer o porta-voz.
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