Confusão no aeroporto em Buenos Aires por novas regras de entrada no Brasil
Argentinos que tomaram Sputnik tiveram dificuldades para embarcar em voo com destino à Florianópolis em função das novas regras de exigência de entrada no Brasil determinadas pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira (15).
A confusão no aeroporto de Ezeiza começou quando, durante o processo de checagem de documentos dos passageiros do voo FO5059 da cia Flybondi, aqueles que apresentaram o certificado da vacina russa Sputnik foram avisados que não poderiam embarcar.
Segundo a explicação dos agentes da cia, a vacina, que não está aprovada pela ANVISA, poderia ser um impedimento para que os passageiros pudessem ingressar no território brasileiro uma vez desembarcados.
"O que eles dizem é que, a partir de hoje, entrou em vigor uma medida cautelar no Brasil que não permite entrar com as duas doses da Sputnik. Então, todos aqueles que tinham comprado passagem e vieram fazer o check-in e apresentaram o certificado de vacinação foram avisados que não poderiam entrar no Brasil", conta Lucía González, já resignada com o fato de não poder embarcar para suas férias em Florianópolis.
"Nunca me avisaram da companhia aérea e hoje fizemos a declaração jurada da ANVISA e colocamos que tínhamos tomado a Sputnik e esta foi aprovada. Eu perguntei ao pessoal da Aerolíneas Argentinas e me disseram que eles não tinham sido notificados desta resolução", completou a passageira.
Foram horas de espera e muita confusão. Os passageiros gritavam que os deixassem embarcar de qualquer modo.
Nós temos a responsabilidade de fazer o controle da documentação migratória de acordo com o que está vigente nesse momento. Isso pode mudar em duas horas ou cinco dias, ou pode não mudar. A resolução informa da necessidade de estar vacinado há 14 dias prévios", explica o agente aos passageiros que esperam por uma resolução.
"Nos disseram que a regra começaria a valer a partir do dia 18 de dezembro e que só deixariam de ingressar com vacina e que não aceitam a Sputnik. Mas nós compramos a passagem antes disso, e não nos deixam viajar ao Brasil", se queixa Belém, cujo marido estava bastante exaltado. Junto a um grupo de outros 15 passageiros aproximadamente eles pediam que o agente lhes mostrasse o texto de resolução.
O voo que deveria ter saído do aeroporto de Ezeiza às 00:30 do dia 17, terminou deixando o solo argentino uma horas mais tarde. Finalmente a cia aérea decidiu permitir o embarque daqueles imunizados com a Sputnik. Sua entrada ao avião foi aplaudida por outros passageiros.
Perguntado se estava mais aliviado, Juan Palermo, um dos turistas mais exaltados durante a negociação, respondeu "Agora sim!", justificando que o acontecido "não tinha sustentação". Ele contou a Nossa que foi necessária a intervenção de uma passageira brasileira para solucionar o caso.
"Olhando a resolução verdadeira que, em nenhum momento, dizia restringir a vacina", relatou já dentro do avião.
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