Jaqueta jeans acompanha mãe e filha em rolês há mais de três décadas
Helena Pereira Ruzzi
Quando minha mãe era jovem, nos anos 1980, ter uma jaqueta jeans era uma verdadeira obsessão. Mas era uma época de crise, e comprar uma peça de alguma marca famosa não era para todo mundo. Especialmente para ela, que teve um filho jovem e tinha que priorizar coisas mais essenciais.
Até que lá pelos anos 1990, antes mesmo de eu nascer, ela passou em frente a uma loja e encontrou a jaqueta! Azul e perfeita. Comprou e saiu da loja já vestindo.
Ela não era mais tão jovem, mas conta que sentiu que foi uma espécie de 'acerto de contas' fashion. E conseguiu aproveitar em vários rolês. Minha mãe tem esse estilo meio rock and roll, nós temos gostos muito parecidos".
Não à toa, raptei a jaqueta do armário dela e imediatamente viramos melhores amigas. Simplesmente uso para tudo. Além de usar quase todos os dias para ir à faculdade, já dormi com ela em ônibus usando como cobertor, já sentei em cima dela em grama para não sentar direto no chão, já usei com vestidos chiques. Já levei até à lavanderia para dar aquele trato! Acho que só não uso para ir para a academia.
O único problema é ela não ter bolso, pensei em costurar um, mas fiquei com medo. De resto, ela é perfeita. É um tamanho maior que eu e minha mãe, bem básica, sem nada de fitas e lacinhos, um azul lindo. Sei que ainda vou usar muito essa jaqueta, porque, como diz minha mãe: jeans é igual a vinho, quanto mais velho, mais raro e bom. Só espero que quando chegar a hora de eu ir morar sozinha ela não se importe de eu levar a jaqueta jeans comigo!
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