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Piso de ponte famosa em Veneza será trocado após escorregões e acidentes

Ponte da Constituição, em Veneza, terá piso trocado após escorregões e acidentes  - Getty Images/iStockphoto
Ponte da Constituição, em Veneza, terá piso trocado após escorregões e acidentes Imagem: Getty Images/iStockphoto

De Nossa

06/01/2022 15h37

Inaugurada em 2008 sobre o Grande Canal de Veneza, a Ponte da Constituição foi projetada pelo renomado arquiteto espanhol Santiago Calatrava e custou, à época, cerca de 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 9 milhões). O investimento, porém, ainda não chegou ao fim.

O piso de vidro que se estende pelos 91 metros de travessia vem causando tantos acidentes e escorregões a ponto da prefeitura decidir trocá-lo por um de pedra de traquito.

De acordo com o "The New York Times", a mudança sairá por 500 mil euros (cerca de R$ 3 milhões). "As pessoas se machucam e processam o governo. Temos que intervir", disse Francesca Zaccariotto, funcionária de obras públicas de Veneza, ao jornal norte-americano.

Nem sempre podemos fazer poesia. Devemos dar segurança".

Ponte da Constituição, em Veneza - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Ponte de arquiteto famoso é armadilha para pedestres
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Outras táticas

Quando foi construída, a ponte entrou para a lista das mais bonitas do mundo e facilitou a locomoção na cidade, ligando a estação ferroviária de Veneza ao terminal de carros, ônibus e balsas da Piazzale Roma.

No início, o vidro era coberto por uma camada antiderrapante que estava de acordo com as regulamentações locais. Com o desgaste natural do tempo e a utilização inadequada da passarela, porém, vidraças foram quebradas e substituídas por exemplares inadequados.

Houve algumas tentativas para colocar fim às deslizadas dos pedestres: fazer remendos de resina, colocaram adesivos antiderrapantes, instalaram pedra no centro da ponte e fincaram placas para alertar a população sobre o perigo. Nada, no entanto, foi efetivo.

Desde o princípio, a passarela também foi alvo de críticas por parte das associações de deficientes, que lamentaram a falta de acesso para cadeiras de rodas.

A fim de aliviar o problema, uma cabine com acesso por elevador chegou a ser instalada, mas foi desativada após reclamações de que era muito lenta e quente no verão.