Conheça o Europa-Park, eleito o melhor parque de diversões do mundo
Visitar o Europa-Park é como descobrir um segredo que faz pensar: como não vim aqui antes? E, assim, querer voltar de novo e de novo. Fundado em 1975, o parque de diversões é o segundo mais popular da Europa, atrás apenas da Disneyland Paris, e o maior da Alemanha.
E como pode um lugar tão respeitável nessa indústria passar longe do conhecimento dos brasileiros? A localização explica.
Na cidade de Rust, com pouco mais de quatro mil residentes, as instalações, que chegam a receber até 50 mil pessoas por dia e mais de cinco milhões por ano, estão numa zona que costuma ficar de fora do roteiro tradicional de uma viagem pela Europa.
Entre outros reconhecimentos, em 2021, pelo sétimo ano consecutivo, o Europa-Park foi considerado como o "Melhor Parque de Diversões do Mundo" pelo Golden Ticket Awards, que corresponde ao Oscar dessa indústria.
Como o próprio nome sugere, reúne áreas temáticas dedicadas a cada país do continente europeu, com arquitetura, vegetação e gastronomia típicas. E, apesar da semelhança com o conhecido EPCOT no Walt Disney World, esse local nos Estados Unidos foi inaugurado anos depois, em 1982.
O QUE FAZER
A primeira vista, o Europa-Park pode parecer uma cópia barata da Disney, algo que se reforça em elementos como uma estrutura bem semelhante à "bola" do EPCOT, a Spaceship Earth, na zona da França; o brinquedo Piraten in Batavia, que é estranhamente parecido com o Piratas do Caribe; o simulador Voletarium, que passa por localidades europeias, bem no modelo da Soarin pela Califórnia; o castelo dos horrores Geisterschloss, que tem um funcionamento bastante similar ao da Haunted Mansion; ou o passeio de barco African Queen (sim, referências africanas entre os países da Europa), que "lembra" o Jungle Cruise.
Realmente, a família Mack, responsável por desenvolver as atrações, nunca negou a imitação, algo que acontece descaradamente em diversos parques pelo mundo. Eles até fizeram piada com o fato de que o mascote símbolo do Europa-Park é coincidentemente um rato.
Entretanto, os componentes semelhantes às Disneylândias foram recriados nos anos 80 e, desde então, o parque vem tentando desenvolver brinquedos únicos.
São cerca de 100 atrações, dentre elas 13 montanhas-russas, apresentações ao vivo e diversões para crianças.
Blue Fire
Esta montanha-russa fica na área da Islândia e vai de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos. São aproximadamente dois minutos e meio, de voltas e torções, inclusive com um dos maiores loopings da Europa, com uma volta de 360° cruzada.
CanCan Coaster
Montanha-russa com percurso dentro da cúpula geodésica idêntica à do EPCOT e conta a história do lendário Moulin Rouge em Paris, além de um passeio rápido por réplicas de elementos da vida noturna da Cidade Luz.
Arthur
Combina diversas atrações em uma. Baseada na trilogia de filmes "Arthur e os Minimoys", essa viagem acelerada imerge num mundo com projeções, bonecos animados, cenários com flores, cogumelos e insetos gigantes, por espaços abertos e fechados. Ela recebeu o prêmio Thea Awards de 2017 de brinquedo mais inovador, além de várias outras condecorações.
Silver Star
Uma das montanhas-russas mais elevadas da Europa, com 73 metros de altura, e as experiências de realidade virtual.
Fique de olho: tanto na Silver Star quanto em outras atrações selecionadas, pagando de 2 a 6 euros é possível pegar uma fila diferente e curtir o trajeto usando óculos de realidade virtual.
Brinquedos menos indicados
O Sleigh Ride Snowflake, um carrinho que passa por cenários invernais, precisa de uma bela recauchutada, e o Swiss Bob Run, que visualmente parece super agradável montar num tipo de carrinho de rolimã que desliza por tobogãs imitando os que se encontram nos Alpes Suíços, só que o sacolejar é tão forte que não dá para sentir nada mais.
Mais atrações
Para se locomover no terreno imenso, é possível usar o trem EP Express, que circula no alto do parque, e o Panorama Train, que vai por terra.
E para ter uma visão geral de todas as atrações e uma paisagem incrível, que inclui a Floresta Negra, embarque na Euro-Tower. O elevador 360º se eleva tranquilamente a uma altura de 75 metros, um passeio para a família inteira.
O QUE COMER
Opções de restaurantes e lanchonetes não faltam no parque. Há especialidades temáticas das nacionalidades representadas ali, por exemplo, crepes franceses, gyros gregos, pretzels alemães, além de pratos da culinária norte-americana e asiática.
Os destaques ficam com o FoodLoop, o primeiro estabelecimento do mundo onde a comida chega até a mesa por meio de uma espécie de carrossel, e o Ammolite, que está situado no Hotel Bell Rock e é o único restaurante com duas estrelas Michelin localizado num parque de diversões.
Já a área da Alemanha é a mais recomendável para evitar as filas, porque os visitantes preferem gastronomias mais exóticas.
Se você não fala alemão, não precisa se preocupar com a comunicação. Apesar de os alemães e franceses serem a grande maioria do público, quase todos os funcionários sabem inglês e a maioria das sinalizações também estão em inglês.
Sobre o atendimento em si, os trabalhadores são educados e prestativos, seguindo o jeito alemão de ser. Só não espere a doçura dos cast members do Walt Disney World, que sorriem o tempo inteiro.
COMO CHEGAR
Embora a localização não seja a mais próxima de uma grande metrópole, Rust está estrategicamente entre a Alemanha, a França e a Suíça, nas zonas de Friburgo e Estrasburgo, cidades que ficam a 40 e 60 quilômetros de distância, respectivamente. Já a Basileia fica a 100 quilômetros e Frankfurt, a 240 quilômetros.
A melhor maneira de fazer a visita é se deslocar com um carro alugado ou de trem até a estação Rust ou Ringsheim/Europa-Park, e de lá pegar o ônibus especial (linha 7231/7200) que para bem na entrada do parque. Também existem excursões partindo de cidades maiores nas proximidades.
No entanto, a não ser que a ideia seja passear pela região e conhecer bem os atrativos, um bate-volta não é aconselhável. Tanto porque há o bastante para ver e fazer em mais de um dia, como o Europa-Park não é o único por ali. Em 2019, foi inaugurado o parque aquático coberto Rulantica, que permite a visita inclusive durante o inverno.
Quem escolher estender a estadia pode se abrigar num dos hotéis próprios do local, que formam o maior complexo hoteleiro do país. São seis hospedagens quatro estrelas temáticas e um espaço de camping: Colosseo, Santa Isabel, Bell Rock, El Andaluz, Castillo Alcazar e Camp Resort.
Assim, todos os orçamentos podem ser atendidos e os hóspedes podem usufruir de benefícios, como a entrada antecipada no parque e o estacionamento gratuito.
QUANTO CUSTA
O passe diário vale 55 ou 62 euros para os adultos, dependendo da data selecionada (deixar para comprar na bilheteria sempre sai mais caro), já o ingresso de dois dias custa 104 euros. Crianças entre quatro e 11 anos e maiores de 60 pagam 47 ou 53,5 euros. Dois dias para esse público custam 86 euros. Menores de quatro anos não pagam para entrar.
No caso do Rulantica, são 42 euros para o visitante comum e 39 euros para as condições de desconto.
Quem estiver de carro e não se hospedar no complexo vai ter que desembolsar 7 euros para estacionar.
Como base de comparação, os ingressos para a Disneyland Paris variam muito conforme o dia escolhido, sendo que a opção mais barata para uma só visita num dos parques vale 50 euros, para crianças, e a mais cara, 94 euros.
De maneira geral, levando em consideração a hospedagem na região, o preço da entrada e a comida vendida ali, o Europa-Park acaba sendo uma viagem bem mais econômica que o concorrente francês.
QUANDO IR
Exceto por 24 e 25 de dezembro, a regra é que o parque está aberto. Mas é sempre recomendável olhar o calendário no site oficial para consultar uma possível adversidade ou condição climática que possa impedir o funcionamento.
Os portões abrem às 9h no verão e 11h no inverno. O fechamento é às 18h ou mais tarde. A equipe anuncia o horário de encerramento no próprio dia, dependendo da lotação.
Existem atrativos e desvantagens em cada época do ano. Nos meses de verão, funcionam os brinquedos que envolvem água e há certos momentos com queima de fogos, mas as filas são maiores. Nas estações frias, existem os eventos especiais de Halloween e Natal.
O período mais concorrido é de junho até agosto, que coincide com as férias escolares. Nesse caso, o melhor é fazer o passeio durante a semana. Porém, mesmo na capacidade total, a espera das atrações não costuma ser absurda, de até uma hora para as mais requisitadas.
Mais informações
O aplicativo oficial do Europa-Park ajuda bastante no planejamento da visita e permite visualizar horários de shows, tempos de espera e o mapa com GPS, que calcula uma rota entre um lugar e outro. Além disso, é possível salvar os brinquedos aonde quer ir e ter um controle de quanto falta para terminar as preferências.
Outra funcionalidade é a VirtualLine, que organiza filas virtuais das atrações concorridas e informa o horário para andar no brinquedo e entrar direto.
Protocolo covid-19
Existem adaptações em vigor por conta da pandemia do novo coronavírus. Entre elas, só é possível comprar os ingressos online, o número máximo de visitantes diminuiu e alguns assentos nos brinquedos foram bloqueados para evitar contato entre grupos diferentes (o que aumentou o tempo das filas).
O uso da máscara é, em geral, respeitado, mas quem escolhe andar por aí sem ou com ela no queixo não é repreendido por ninguém.
É necessário que maiores de 17 anos apresentem um comprovante de vacinação ou de recuperação da doença dos últimos três meses na entrada do parque e no check-in do hotel.
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