Madeira e tempo da natureza ditam formas de esculturas e objetos de artista
Das voltas que a vida de Ted Benvenuti deu, a melhor é a atual: ele se realiza toda vez que entalha a madeira e "encontra" o ponto de suas esculturas. Antes disso, pintou quadros, trabalhou com gravuras, esculturas de ferro e se envolveu com o cinema publicitário por 15 longos anos.
Ao sentir o desejo de assinar seu trabalho, há 22 anos, partiu para a marcenaria sem remorso. "Desde muito pequeno eu só ficava quieto quando brincava com a madeira. Quando descobri que ela me possibilitava construir coisas, um horizonte se abriu para mim", lembra. E se abre até hoje.
Encantado novamente com a versatilidade do material, abandonou a carreira na publicidade em 2000, e inaugurou os trabalhos na sua marcenaria, a Camaleonte, que depois foi superada por seu próprio nome. "Começar fazendo móveis foi importante para treinar a repetição. Isso faz você perder o medo do material. Você encontra problemas e precisa resolver", conta.
A nossa sociedade jamais teria se desenvolvido sem a madeira. É um prazer ter em mãos todos os dias esse material."
Em paralelo, Ted fazia objetos, despretensiosamente. "Alguns eram cachorros e outros passaram a ser não-objetos. Isso me interessou. São coisas que não podem ser reproduzidas, mais autorais."
Hoje, ele assina duas linhas: uma mais comercial, destinada a lojas, e a linha galeria, com itens conceituais e únicos. "O material que tenho, certificado, é que determina minha produção. Deixo as descobertas fluírem. A madeira é generosa comigo."
Ideias em torno da madeira
Não adianta acelerar. Ted segue cada etapa com consciência e espera o tempo que for preciso.
"Trabalhar com madeira é retirar material. Você desconstrói e isso tem algo incontrolável, como um gesto de desenho. Posso encontrar um nó, o que me conduz a outro caminho", diz.
É assim que surgem suas esculturas, que falam sobre fluidez e respeito à natureza e ao tempo.
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