Macramê traz graça e texturas variadas a diferentes ambientes e estilos
Não são só as plantas que estão se apoderando dos espaços em casas e apartamentos. Ao lado delas (ou até por causa delas), o macramê tem ganhado cada vez mais destaque como item decorativo.
Os hangers, nome de batismo dos suportes para plantas suspensas, costumam ser a porta de entrada para o universo da tecelagem manual, mas a verdade é que o macramê é superversátil e se encaixa perfeitamente em diferentes cômodos, independente do estilo da decoração.
É uma técnica artesanal 100% manual que, através de diferentes tipos de nós, permite criar os mais diversos itens", resume Sheena Santos, artesã da Nós em Nós (@nos.emnos).
Criatividade, aliás, não falta para a turma que desenvolve as peças, já que não existem moldes prontos mas, sim, nós básicos. "A partir deles é que as peças são criadas. Um mesmo nó pode gerar desenhos bem diferentes", afirma a artesã. O mesmo vale para os itens extras adotados na produção: de galhos a pedras, cristais, vasos, entre outros, não há limites para as criações
Os primeiros registros de desenhos e macramê vêm do século 18. "Mas foi durante os anos 60 e 70 que ele reapareceu na moda e decoração. Nos últimos anos, com a valorização do trabalho artesanal, ele voltou com ainda mais evidência", comenta Sheena.
Assim como em outros tipos de arte manual, não existe um único material para a confecção das peças de macramê. Pode ir dos mais naturais, como algodão, passando pelo sisal, fios encerados, chegando até aos sintéticos — polipropileno, por exemplo.
Cada tipo de peça pode utilizar um fio diferente. Mas, atualmente, os materiais mais utilizados são os fios de algodão, barbantes e malhas com diversas cores e espessuras", conta Sheena.
Textura em evidência
Se os hangers costumam ser as peças mais procuradas, quando o macramê invade a decoração, pode ser inserido em diferentes itens: cortinas, almofadas, tapetes, puffs, centros de mesa, porta-copos e jogos americanos, luminárias e por aí vai.
"O macramê traz textura aos ambientes, tornando-os ainda mais acolhedores, principalmente quando feito em fibras mais naturais", opina a artesã do Nós em Nós. Os chamados flags (ou, ainda, bandeiras, flâmulas ou painéis), que enfeitam paredes em versões bem variadas, também são destaques, pois podem conversar com diferentes estilos.
É justamente nesse tipo de peça que as cores desbancam os tons naturais, que costumam ser os preferidos na tecelagem por combinar com qualquer ambiente.
O colorido ganha mais espaço, indo dos tons mais neutros como cinza e cru, até os mais vivos, como turquesa e mostarda", cita Sheena.
Nathalie Serafin, estilista e CEO do Thirty Seven Trend (@37.trend), marketplace de marcas artesanais brasileiras, acrescenta que também tem aumentado a procura do macramê para decoração infantil. Nesse caso, os tons pendem para os mais claros, como azul, rosa, verde e mesmo o mostarda.
Bom lembrar: é importante se atentar ao local onde o macramê irá ficar — sol ou chuva direta podem desbotar uma peça. Para ambientes externos, as fibras mais sintéticas têm uma durabilidade maior e facilitam a limpeza.
A manutenção, aliás, costuma ser prática. Segundo Sheena, na maioria dos casos, tirar o pó com um espanador ou só dar aquela sacudida básica na peça já resolve. Agora, se houver tiver alguma mancha, um sabão neutro ajuda.
Artesanato em alta
Para Nathalie, o consumo desse tipo de peça artesanal tem aumentado bastante, conquistando fãs do estilo boho chic e, principalmente, pessoas que valorizam trabalhos exclusivos.
"A padronização de produtos, consequência da globalização, diminuiu o espaço para produtos autorais que trazem personalidade para a decoração.
Mas voltamos a olhar e valorizar o que é diferente, buscando por personalidade e peças únicas — algo que tem dado mais espaço para o artesanato contemporâneo", opina.
Outro motivo por trás dessa procura crescente é a necessidade de as pessoas terem maior contato com a natureza, mesmo dentro de casa ou do apartamento. "Isso fez aumentar a procura por itens que possam dar destaque e também cuidar das plantas", avalia Nathalie.
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