Chapas de aço viram objetos de decoração únicos nas mãos de artista
Bianca Barbato
Chame Bianca Barbato de artesã, de designer ou de artista — ela dará ombros a esse e qualquer outro rótulo. Sua rebeldia quanto a esse assunto é do mesmo tamanho do impulso que teve, há 12 anos, quando começou a criar. Na época, morava no Rio de Janeiro, trabalhava com cinema e, inquieta, começou a fazer protótipos sem pretensão.
"Uma jornalista viu, gostou e publicou. Foi assim, bem espontaneamente, que tudo teve início", ri. Quatro anos depois ela se mudava para a capital paulista atrás de maior variedade de fornecedores".
"Comprava chapas de aço e mandava para a fábrica cortar e produzir minha ideia. Visitando cada uma delas, Bianca se inspirava mais e mais. Percebeu que era assim que funcionava sua criação e a abertura às experimentações.
Os materiais são protagonistas do meu trabalho, eles determinam tudo. Meu aprendizado veio da curiosidade de aprender o que cada fornecedor podia fazer."
Mobiliário e objeto levam tempo para cair nas graças do público. O ciclo é longo e nada simples. No caso de Bianca, ainda mais: é preciso que os artesãos que produzem à mão suas peças sejam muito especializados e primorosos no acabamento.
"Não consigo me ver no ritmo ágil de produzir o tempo todo", conta.
Criação
"As geometrias, as sombras, a vontade de ultrapassar os desafios e a complexidade permeiam meu trabalho", diz. Enquanto cursos livres a levaram a aprender o lado técnico do design, veio da vida o aprendizado de evitar invenções vazias de significado.
É em reflexões importantes que ela encontra espaço para criar objetos que resistam ao tempo e assim, se tornem importantes na vida das pessoas. Ainda bem.
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