Como proteger a saúde de cães e gatos nos dias mais quentes do verão
Verão combina muito bem com mar, sol, céu azul, praia, mas também com areia quente, asfalto fervendo e muito calor.
Para os pets, os belos cenários litorâneos durante a época mais quente do ano podem tornar-se um verdadeiro pesadelo se os tutores não se atentarem a alguns cuidados essenciais para garantir o bem-estar dos bichinhos e o sucesso do período de descanso.
O principal deles é a atenção ao horário do dia e as condições para um passeio tranquilo e divertido. Longe de ser um match perfeito, a dupla patinhas e piso quente pode ser a condição ideal para uma bela queimadura nas almofadinhas (coxins) dos cães, causando dor e fissura, além de permitir a entrada de bactérias no organismo dos pets.
Não só os doguinhos como também os gatos estão sujeitos a desenvolver rachaduras, queimaduras, bolhas, descolamento da pele dos coxins e, na pior das hipóteses, até câncer de pele, aponta Sálua Carolina Cataneo, veterinária e gerente de marketing da Pet Society.
Além disso, o excesso de calor pode causar sede e outros grandes problemas. Da mesma forma que nos sentimos estafados pelas altas temperaturas, eles também ficam", diz.
Ruim para você, ruim para o pet
Um teste fácil e rápido pode ser feio pelo próprio tutor: coloque sua mão ou o pé descalço em contato com a superfície (areia ou asfalto). Se você não conseguir permanecer por mais de cinco segundos, é porque está quente demais também para o bichinho.
A recomendação dos especialistas é evitar os horários mais quentes que são igualmente nocivos para os humanos. O ideal é que os passeios aconteçam sempre na parte da manhã, antes das 10h, e no final da tarde, após as 17h.
"Como as poucas glândulas sudoríparas dos pets se encontram nos coxins e a troca de calor por essa via não é a mais efetiva, eles necessitam de ambientes frescos para conseguirem fazer a troca da temperatura pela respiração e manter a temperatura corporal, que normalmente já é mais elevada que a nossa", explica Farah de Andrade, veterinária da DrogaVet,
Protetor solar e água fresca
Além do teste e dos cuidados com a hora do dia para o passeio, Sálua afirma ser primordial a utilização de protetor solar próprio para animais, levar água fresca e fazer pelo menos uma pausa na caminhada para que o seu melhor amigo possa aliviar um pouco o calor e refrescar-se.
Outra dica é carregar o pet no colo e umedecer a areia com água fria para ajudar a manter mais confortável o local onde o pet ficará, contando sempre com um abrigo à sombra para o animal.
Alguns tutores preferem os famosos sapatinhos para prevenir as queimaduras e o contato das patinhas. Para os animais que não aceitam esse tipo de proteção, o jeito é mesmo evitar pisos quentes e hidratar as almofadinhas após o passeio.
Para quem não consegue utilizar protetores, nem hidratantes em seus animais porque eles acabam lambendo os produtos, a dica da veterinária é ficar com o bichinho no colo entre 10 e 20 minutos ou aplicar no momento da alimentação e até de brincadeiras para que o pet se distraia e permita a absorção completa.
Outras áreas que merecem atenção
Além das patinhas, regiões como orelhas, focinhos e demais áreas sem pelos devem ser protegidas e hidratadas.
Seja para fazer um passeio na cidade ou ir à praia, a recomendação das veterinárias é que os pets usem sempre proteção solar.
A aplicação deve ser feita no focinho, barriga, ponta das orelhas, meio das costas e outras áreas com menos pelos como o osso nasal e testa de raças como Pit Bull e Bull Terrier.
Também devem ser reaplicados a casa duas horas quando estiverem expostos ao sol, indica Farah.
Na época de calor, a língua é uma parte do corpo do animalzinho que pode ser utilizada como termômetro de exaustão.
Por isso, é importante evitar que o pet chegue a esse estado, mesmo sendo indicado que os tutores de cães adultos saudáveis e de filhotes brincalhões permitam que eles explorem o verão", afirma Sálua.
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