Governo americano passa a facilitar entrada de brasileiros no país; entenda
O Governo Federal anunciou nesta segunda-feira (7) a entrada do Brasil no programa Global Entry, que é mantido pela CBP (Autoridade de Aduanas e Proteção de Fronteiras) dos EUA.
A iniciativa facilita a entrada de visitantes do grupo de nações inscritas no programa, sem a necessidade de passagem pelas filas de imigração, embora não libere os brasileiros de possuir um visto de entrada.
Para participar, brasileiros interessados devem realizar a inscrição no site do órgão federal americano e pagar uma taxa não reembolsável de US$ 100 (cerca de R$ 529). Uma vez que a candidatura tenha sido aprovada, o viajante será encaminhado ao agendamento de uma entrevista.
Na data marcada, será necessária a apresentação do passaporte e de um segundo documento de identificação, que pode ser o RG ou a carteira de motorista.
Apenas após a aprovação na entrevista é que o cidadão brasileiro será considerado portador de documento válido para a entrada facilitada no país, através de quiosques automáticos instalados em aeroportos selecionados nos EUA.
O governo brasileiro espera que a facilidade estimule "contatos empresariais, interação cooperativa e turismo, fortalecendo as relações entre os dois países".
As negociações para a entrada do Brasil no Global Entry se estenderam por anos, iniciadas ainda pelos ex-presidentes dos dois países, Barack Obama e Dilma Rousseff, em 2015. Em 2019, já no governo Bolsonaro, foi iniciada a fase de testes.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o Brasil negocia há anos o fim da exigência de vistos para os brasileiros, mas o recente crescimento expressivo no número de cidadãos daqui que imigram ilegalmente para os EUA teria apresentado um entrave para as conversas entre os dois países.
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