Companhias de cruzeiros estendem suspensão de viagens até 4 de março
A Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (CLIA Brasil) anunciou nesta terça-feira (15) a terceira prorrogação da suspensão da temporada, desde vez até 4 de março.
De acordo com a organização, a decisão "visa dar continuidade às discussões necessárias com as autoridades nacionais, estaduais e municipais" para a retomada, que ainda adiantou que os cinco navios fundeados no litoral de Santos já estão preparados para voltar a viajar.
"Os protocolos [foram] totalmente implantados e mais de sete mil tripulantes brasileiros e estrangeiros [estão] prontos para o trabalho."
A CLIA já havia interrompido as viagens anteriormente até 21 de janeiro, devido à identificação de quase uma centena de casos de covid-19 em cruzeiros entre o fim de 2021 e o início de 2022.
O período foi prorrogado em seguida até 4 de fevereiro e, novamente, até 18 de fevereiro antes da atual extensão que teria como objetivo alinhar "os requisitos que apoiam o retorno das operações e os procedimentos e exigências dos rígidos protocolos de segurança estabelecidos pela Anvisa."
"As operações de cruzeiros possuem características técnicas específicas que precisam ser trabalhadas com total uniformidade em todo o território nacional", justifica ainda.
A associação atribui a identificação dos casos ao elevado índice de testagens que são exigidas para este tipo de viagem e acredita que os protocolos existentes contribuem para a contenção eficaz das infecções.
"Os cruzeiros são o único segmento que exige, antes do embarque de passageiros e tripulantes, níveis extremamente altos de vacinação e 100% de testes de cada indivíduo. No Brasil, os protocolos exigem que todos os hóspedes estejam com o ciclo vacinal completo, apresentem testes negativos antes do embarque, testagem contínua a bordo, uso de máscaras, distanciamento social e menor ocupação dos navios, entre outros protocolos", pontua a organização.
A CLIA considera que a incidência de doenças graves em passageiros de cruzeiros é "drasticamente menor do que em terra" devido a essa supervisão.
"De um total de aproximadamente 130 mil passageiros transportados, entre 5 de novembro e 3 de janeiro de 2021, cerca de 1.100 casos foram confirmados, o que representa menos de 1% do total das pessoas atendidas (incluindo hóspedes e tripulantes)", argumenta ainda a organização.
Apesar disso, a Anvisa já recomendou a suspensão definitiva da temporada 2021/2022 em meio à nova onda da pandemia devido à variante ômicron, altamente contagiosa. A agência entende que é uma "ação necessária" para a proteção da saúde da população.
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