Além do Mercadão de SP, veja outros lugares conhecidos por golpe a turistas
Eduardo Vessoni
Colaboração para Nossa
19/02/2022 04h00
Recentemente, um dos endereços turísticos mais tradicionais de São Paulo surpreendeu (e decepcionou) seus frequentadores.
No final da semana passada, um visitante do Mercado Municipal de São Paulo, o Mercadão, denunciou uma prática que ficou conhecida como "golpe da fruta", em que vendedores cobram preços abusivos por uma bandeja que, em alguns casos, não tem mais do que frutas comuns.
Mas quem já andou por aí pelo mundo sabe que, como turistas, também estamos suscetíveis a abordagens desse tipo, seja por falta de informação ou por inocência mesmo.
O turista Kadu Pacheco, por exemplo, viralizou esta semana nas redes com um relato sobre suas experiências em Salvador. Segundo o carioca, em 10 minutos de caminhada pela capital baiana, ele teria gasto cerca de R$ 100 com badulaques e pinturas no corpo, vendidos forçadamente.
Em outras partes do mundo, esse golpe, aparentemente inocente, é aplicado também em versões com ramos de alecrim ou leitura das mãos por "ciganos".
Confira outros golpes ou pegadinhas que também são praticados com turistas.
Fitinha da sorte
Alguns "vendedores" de rua em Salvador costumam se aproveitar da famosa simpatia baiana para abordar turistas com a (falsa) promessa de ganhar as tradicionais fitinhas do Senhor do Bonfim.
Geralmente, um valor é cobrado ao final da abordagem, já com a fitinha amarrada no pulso sem que o "cliente" tenha solicitado, ou serve para distrair o turista, enquanto outra pessoa finaliza o golpe.
Nem Paris escapa
A capital da França também tem sua versão do golpe das fitinhas.
Segundo relatos, turistas são abordados por homens nas escadarias da Basílica de Sacre Coeur que, sem sua permissão ou sem você perceber, amarram o souvenir em seu braço e posteriormente cobram pela lembrança, já que não é possível desfazer o nó.
As recusas costumam ser devolvidas com agressividade por parte do golpista.
Táxi em Buenos Aires
Troco com notas falsas, alteração de rotas e cobrança de taxa extra são alguns dos problemas que turistas podem enfrentar em táxis na capital argentina.
Não é raro também o taxista querer cobrar o valor do estacionamento do aeroporto, cuja tolerância de 15 minutos é suficiente para o desembarque do passageiro.
Golpe do templo fechado
Comum em Bangcoc, na Tailândia, essa tática consiste em convencer o turista que o templo que ele está indo visitar se encontra fechado.
O simpático tailandês então oferece chamar um táxi ou um tuk-tuk para o desavisado e levá-lo a um atrativo mais distante, que muitas vezes se trata de um longo tour por lojas que costumam pagar comissões para quem chega com possíveis compradores.
Golpe da informação turística
A tática, bastante comum na Índia e em países hispânicos da América do Sul, consiste em colocar uma placa do tipo "Informações turísticas" ou "Escritório de Turismo" na porta de um estabelecimento comercial qualquer.
Na prática, não passa de uma forma de atrair turistas para uma agência que vende passeios ou até mesmo uma loja de lembrancinhas turísticas.
No metrô da Europa
Este é um dos golpes mais comuns em grandes cidades europeias (e em qualquer outro país do mundo com grande concentração de pessoas).
As versões vão desde aquelas em que alguém "esbarra" em você, aproveitando para colocar aquela mão boba na sua carteira ou celular, até simulação de tumultos em que o turista fica "preso" entre os golpistas, que aproveitam para roubá-lo.
Quer uma foto?
Esse golpe não é exclusividade de nenhum destino e já foi relatado por turistas em diferentes cidades.
A abordagem costuma ser de alguém que se oferece para ajudar a tirar uma foto com a sua câmera ou celular. Ao entregar o equipamento para o golpista, o turista se vê sem nada (sem a foto nem a câmera).
Falsa reserva
Durante a pandemia aumentou também o número de casos de phishing, como é chamada a fraude eletrônica de roubo de informações de usuários.
Geralmente, o usuário é informado via rede social que ganhou uma promoção em um estabelecimento comercial e, para validá-la, é preciso clicar em um link enviado via SMS e indicar o código gerado.
Pronto, o golpe está aplicado (e seus dados, na rede).
Tal qual no Brasil
Para quem é do lado de cá do mundo, certos golpes já são bem conhecidos, mas nunca é demais lembrá-los.
Uns dos mais manjados em diversos destinos internacionais são o da bolsa aberta enquanto o turista distraído para ao ler um mapa, ver o celular ou pedir informação, e o do cartão de banco retido no caixa eletrônico (posteriormente, retirado pelo golpista quando o turista deixa o local).
Em resumo, seja na Europa ou em qualquer outro continente, nunca baixe a guarda, redobre a atenção e, na dúvida, recuse com firmeza qualquer ajuda suspeita.