Governo brasileiro autoriza retomada dos cruzeiros a partir de 7 de março
O Governo Federal autorizou por meio da portaria nº 413 do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira (25), a retomada da temporada de cruzeiros no país a partir de 7 de março "em vista o cenário atual de pandemia de covid-19".
Além disso, ainda foram estabelecidas diretrizes para a realização das viagens, como critérios para o cumprimento de quarentenas de 10 dias (em casos leves) a 20 dias (para viajantes com quadros mais graves) dentro das embarcações, em caso de passageiros que testem positivo ou negativo, mas estejam sintomáticos.
O documento, assinado pelo Ministro da Saúde em exercício, Raphael Parente, enquanto Marcelo Queiroga cumpre agenda oficial em Nova York, ainda orienta que brasileiros que realizem cruzeiros façam isolamento voluntário de 14 dias após o retorno para casa.
Procurada por Nossa, a CLIA Brasil (Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros — órgão que representa as companhias do setor) confirmou a retomada da temporada a partir de 5 de março, portanto antes da autorização dada pelo Ministério, com saídas programadas até 18 de abril.
Os navios atualmente têm autorização para realizar 19 roteiros que passarão por oito destinos no Brasil nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro: Balneário Camboriú, Itajaí, Porto Belo, Santos, Ilhabela, Rio de Janeiro, Angra dos Reis/Ilha Grande e Búzios.
Estes portos já estariam "totalmente alinhados para implementar rigorosos protocolos de segurança", segundo a CLIA, que ainda reforçou as exigências para empresas e passageiros durante as viagens:
- Vacinação completa obrigatória para hóspedes e tripulantes (elegíveis dentro do Plano Nacional de Imunização).
- Testagem pré-embarque (PCR até três dias antes ou antígeno até um dia antes da viagem).
- Testagem frequente de, pelo menos, 10% dos hóspedes e tripulantes.
- Capacidade reduzida a bordo para facilitar o distanciamento social de 1,5 metro entre grupos e permitir a distribuição de cabines reservadas para isolar casos potenciais.
- Uso obrigatório de máscaras.
- Preenchimento de formulário de saúde pessoal (DSV - Declaração de Saúde do Viajante).
- Ar fresco sem recirculação, desinfecção e higienização constantes.
- Plano de contingência com equipe médica especialmente treinada e estrutura com recursos modernos para atendimento de hóspedes e tripulantes.
- Medidas de rastreabilidade e comunicação diária com a Anvisa, estados e municípios.
A temporada 2022/2023 já está programada para começar em outubro de 2022.
Temporada havia sido suspensa
A Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros havia anunciado na primeira semana de janeiro a suspensão voluntária da temporada após a detecção de 97 casos de covid-19 a bordo de navios no país entre o fim de 2021 e o início de 2022.
O prazo inicial, até 21 de janeiro, chegou a ser prorrogado três vezes com o objetivo de alinhar "os requisitos que apoiam o retorno das operações e os procedimentos e exigências dos rígidos protocolos de segurança estabelecidos pela Anvisa", segundo a CLIA, e está em vigor atualmente até 4 de março.
Em 15 de fevereiro, a associação informou que "os protocolos [haviam sido] totalmente implantados e mais de sete mil tripulantes brasileiros e estrangeiros [estavam] prontos para o trabalho."
Apesar disso, a Anvisa recomendou a suspensão definitiva da temporada 2021/2022 em meio à nova onda da pandemia devido à variante ômicron, altamente contagiosa. A agência disse entender que essa seria uma "ação necessária" para a proteção da saúde da população.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.