Mochi de avó pra neta: aprenda o bolinho que une família japonesa no Brasil
Com arroz, faz-se de tudo no Japão. Cultivado há mais de 2.000 anos no país, o grão assume o protagonismo em bebidas e comidas, caso do mochi. Já ouviu falar?
É um bolinho de arroz com textura pegajosa, que pode ser doce ou salgado e costuma ser consumido no início de ano. O motivo é nobre: para os japoneses, comer mochi é ganhar a força advinda do arroz, além de sorte e prosperidade.
A produtora de conteúdo Akemi Inoue e a família de ascendência japonesa honram as tradições do país do sol nascente mesmo morando em Brasília. "Todos os anos, a gente se junta na casa da minha avó para fazer esse bolinho".
Tecnológica, a receita da batchan (avó, em japonês) foi parar no TikTok. Se na versão original o arroz é colocado numa tigela grande de madeira ou pedra e martelado pra valer até virar uma pasta, o jeitinho moderno é usar eletrodomésticos que muita gente tem em casa: liquidificador e micro-ondas.
Amo mochi desde criancinha! É uma comida afetiva, que me abraça e traz aconchego".
Assista à avó e neta preparando o mochi:
O bolinho de arroz pode ser recheado com pasta de feijão e sorvete, mas o jeito favorito de Akemi é douradinho na frigideira e acompanhado de molho shoyu com açúcar. "O mochi agrada a muitos gostos e desmistifica a comida japonesa, que não é só sushi e sashimi".
Confira a receita completa por escrito clicando na imagem abaixo:
Em tempo: o passo a passo só funciona com arroz glutinoso. Ele é encontrado com facilidade em lojas de insumos orientais.
Uma tradução do Japão para a geração Z
Apesar de viver em Brasília, Akemi está imersa na cultura japonesa. Ela chegou a morar um ano na cidade de Sapporo, em Hokkaido, ao Norte do Japão, e produz conteúdo sobre o país no TikTok.
O trabalho inclui a publicação de receitinhas fáceis. "Sempre gostei de cozinhar. Passava horas e horas assistindo canais de culinária no YouTube. Agora, aproveito para gravar o que cozinho no jantar para a minha família e postar".
Os primeiros vídeos foram para o ar em 2016 sem pretensão. "Mesmo quando as coisas davam errado, ficava engraçado e meus amigos adoravam".
Somente em 2020, quando se viu recém-formada em arquitetura no meio da pandemia, que a coisa tomou rumos profissionais. "Voltei a fazer vídeos. Mas dessa vez para o TikTok. Como alguns vídeos meus viralizaram, vi uma oportunidade de fazer disso meu ganha-pão".
Explicando como é o Ano Novo nipônico, como falar "1" em japonês, ensinando a fazer gohan (arroz) ao estilo oriental e provando refrigerantes de Pokémon, a jovem de 27 anos conquistou 305 mil seguidores na plataforma e consegue "traduzir" o Japão para a geração Z.
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