Pets que não saem de casa também podem sofrer com pulgas e carrapatos
Pequenos no tamanho, mas capazes de trazer grandes problemas, pulgas e carrapatos podem atacar cães e gatos, inclusive os que vivem só dentro de casa.
E é justamente agora, na época mais quente e úmida do ano (entre novembro e março), que os casos envolvendo a dupla de parasitas acontecem com mais frequência.
Para detectar a presença das pulgas, o tutor pode perceber pequenas bolinhas escuras, que são as fezes das pulgas, na pele dos pets. Dependendo do grau de infestação, também é possível vê-las correndo pelo corpo dos bichinhos.
Os principais sintomas de que um animal está com pulgas são coceira, alterações na cor da pele como irritações e vermelhidão, além de autoindução de feridas pela irritação e coceira presentes.
A coceira, porém, pode ter uma alergia como causa e não necessariamente ser indicativo da presença de parasitas. Por isso é que a prescrição de métodos preventivos ou medicamentos deve ser sempre realizada por um veterinário após avaliação das particularidades de cada pet.
Já os carrapatos ficam presos na pele e preferem locais escondidos como entre os dedos, na base da cauda ou atrás das orelhas. Embora menos frequente em gatos, esses parasitas também podem afetar os bichanos.
Embora exista maior exposição em locais com vegetação alta e parques, os cães também podem adquirir carrapatos durante os passeios, através do contato com outros animais, e também dentro de casa, já que os tutores podem trazê-los nos sapatos, roupas, bolsas e utensílios.
Quando já estão na residência, eles se procriam em grandes proporções.
95% deles estão instalados no ambiente e não no pet. A quantidade visualizada no cão corresponde a apenas 5% do real problema instalado na residência", explica Barbara Duarte, coordenadora técnica pet da MSD Saúde Animal.
Carrapato pode causar doença grave
Bastante temida, a chamada doença do carrapato acontece a partir da alimentação do sangue de cães e gatos pelo parasita.
O processo de transmissão, porém, acontece durante um período mínimo (12 a 18 horas em média) em que o carrapato permanece se alimentando do sangue do pet.
Após esse tempo, caso o carrapato carregue em seu organismo o agente transmissor da doença, ele pode ser introduzido na corrente sanguínea do cão ou gatinho, podendo parasitar células brancas, vermelhas ou plaquetas do sangue e promovendo a destruição dessas células.
É através de um exame de sangue que se pode detectar a doença e os sintomas vão desde apatia, perda de peso, mucosas pálidas, até manchas vermelhas na pele, sangramento das narinas, febre e inapetência. Dependendo da fase da doença, os sintomas não aparecem.
O tratamento pode ser feito com antiparasitários e antibióticos.
Embora tenhamos opções para o tratamento, alguns animais persistem com os agentes infecciosos no organismo por meses e até anos", diz Barbara Duarte.
Prevenir é o melhor remédio
Existem produtos que podem ser aplicados no ambiente para acabar com carrapatos e pulgas. Em formato de spray, são recomendados por não prejudicar os pets.
A dedetização constante de locais internos, jardins e quintais também é indicada, mas é preciso retirar cães e gatos do ambiente durante e por 24 horas após o procedimento, de acordo com as recomendações dos profissionais.
Já para prevenir que os parasitas se instalem no animal, além de ter atenção ao calendário vacinal para prevenir outras doenças, os tutores também precisam estar atentos aos vermífugos, antipulgas e carrapaticidas, que surgem em diferentes formas e sabores como biscoitos, caldas, molhos e pastas orais e até filme oral.
Para se evitar as pulgas, é necessário realizar uma proteção completa com o uso de antiparasitários que consigam quebrar o ciclo desses parasitas, ou seja, que tenham duração preferencialmente de 12 semanas.
Nessa escolha, leva-se em consideração o grau de exposição do bichinho aos parasitas, seu estado de saúde, a idade e o número de animais no mesmo ambiente", afirma Carol Machado.
As coleiras repelentes (de seis a oito semanas de duração) também são uma boa opção, mas a escolha pelo melhor método deve ser feita por um veterinário que conheça o histórico do pet.
A indicação dos antipulgas vale até mesmo para os animais que não foram aparentemente atacados pelos parasitas. Isso porque muitas vezes a quantidade ainda é muito pequena visivelmente no animal, mas no ambiente a infestação já se instalou.
Fontes: Barbara Duarte, coordenadora técnica pet da MSD Saúde Animal; Bárbara Scherer, veterinária do DrogaVet; Carol Machado, coordenadora clínica com especialização em hematologia do Animalia Pet Care, no Rio de Janeiro; Farah Andrade, veterinária da DrogaVet; Sálua Carolina Cataneo, veterinária e gerente de marketing da Pet Society,
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