Frio de -53°C e vista para aurora boreal: brasileira relata vida no Alasca
"Relatos de uma moradora do Alaska", com essa frase a brasileira Stefany D'Arezzo @stefanydarezzo, 26 anos, começou a compartilhar as experiências de estar morando em um dos lugares mais frios do planeta.
Com 2 milhões de seguidores no TikTok, e mais de 300 mil no Instagram, ela chegou ao Polo Norte, junto com seu marido Justin, em novembro de 2021 — e logo de cara, foi infectada pelo coronavírus, o que se tornou seu primeiro relato de sucesso.
Em suas redes sociais, a brasileira mostra situações do cotidiano de quem precisa, todos os dias, encarar temperaturas abaixo de zero.
Acho que o frio não é o maior problema para mim, eu já me acostumei. Teve um dia que eu peguei -53°C".
Longa jornada antes do Alasca
A jovem embarcou rumo ao seu primeiro intercâmbio em Londres, no Reino Unido, com 22 anos e pouco dinheiro. A solução para sustentar o curso de apenas três semanas para estudar inglês foi um empréstimo do dinheiro da avó e trabalho como au pair.
Em uma das famílias para quem trabalhou, Stefany sofreu com assédio e foi através de um aplicativo, para não se sentir sozinha, que conheceu Justin, militar americano que trabalhava na base da Força Aérea dos Estados Unidos na Inglaterra.
Com o visto na Inglaterra chegando ao fim, Stefany voltou ao Brasil, e apesar de um quadro de depressão, se programou para voltar à Europa e morar com o então namorado.
Mas tudo mudou quando ele foi chamado para uma missão em Israel. Foram cerca de oito meses de separação do casal até Stefany reencontrá-lo na Inglaterra, onde se casaram. Um ano e seis meses depois, Justin foi transferido para o Alasca.
Fim de mitos
A instagramer afirma que até mesmo a família duvidava que a vida no Alasca é boa, mas que graças aos seus vídeos e às belezas naturais do lugar, isso mudou.
Isso é muito bom, porque primeiramente as pessoas só pensam no frio, mas não sabem que aqui a gente é muito preparado pra isso, e que é muito além, tem os parques, as montanhas, tem muita coisa para fazer por aqui".
Apesar do lado bom, Stefany conta que nem tudo no país é perfeito. A começar pelo lado negativo da neve, como a limpeza diária da frente de sua casa e da dificuldade de se mover na região quando ela é atingida por uma nevasca. Por questão de praticidade, ela trabalha e mora na base militar de Eielson, onde o marido é militar, região afastada do centro da cidade.
Aqui recebemos um sinal de alerta quando tem uma nevasca chegando para as pessoas terem tempo de estocar comida em casa. Chegamos a passar quase quatro dias inteiros confinados em casa pelo perigo da nevasca."
Outra diferença que chama atenção no inverno do Alasca são os dias bem mais escuros, em que só amanhece por volta das 9 horas da manhã e já escurece a partir das 14 horas da tarde.
Ainda assim, Stefany conta que vem sendo muito bem recebida por locais bem-educados e ressalta a oportunidade de poder presenciar de sua casa um dos mais bonitos fenômenos do mundo:
Gosto de falar que eu moro no Polo Norte, sair de casa e ver animais, montanhas tão lindas. Me sinto em casa".
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