Quer esquiar nas férias de julho? Oito destinos para conhecer na Argentina
Quem tem o sonho de ver neve pela primeira vez e arriscar a primeira experiência no esqui ou até quem é veterano no esporte geralmente associa este tipo de viagem a destinos na Europa e nos Estados Unidos. No entanto, é preciso colocar nossa vizinha Argentina no seu mapa: os hermanos oferecem paisagens geladas tão atraentes quanto o hemisfério norte e com a vantagem de preços mais atrativos.
É possível se programar mais facilmente também para curtir as férias, já que as estações por lá são as mesmas por aqui: entre o final de junho e o início de outubro, a temporada de inverno costuma oferecer não só boas oportunidades para praticar o esporte como uma vida noturna e cultural movimentada em boa parte das estações tradicionais.
Quem não procura badalação, contudo, pode optar por pontos mais tranquilos, que atraem outros perfis de turistas: aqueles que viajam com famílias ou que têm sede de aventura. Conheça alguns deles:
Cerro Catedral, em Bariloche, Río Negro
A maior e mais tradicional estação de esqui da América Latina, Cerro possui 50 pistas distribuídas por um total de 103 quilômetros e se tornou um símbolo da Patagônia Argentina. É, há anos, a preferida de brasileiros, o que lhe rendeu o apelido de "Brasiloche".
A 29 quilômetros do centro da cidade, ela é fácil de ser acessada a partir de voos de Buenos Aires ou com a nova rota de voos diretos de São Paulo.
Bariloche ainda oferece muito para quem gosta de comes e bebes: das casas de chocolate artesanal às cervejarias independentes.
Cerro Perito Moreno, em El Bolsón, Rio Negro
Ao sul da província de Río Negro, Cerro Perito Moreno, em El Bolsón, é uma estação de esqui mais recente e ainda pouco conhecida, ideal para quem quer distância da badalação ou do movimento intenso do circuito de Bariloche.
No entanto, suas 10 pistas contam com novas instalações de boa qualidade, além de lindas e tranquilas paisagens das montanhas. Para chegar por lá, basta pegar um dos voos diretos de Buenos Aires a El Bolsón.
Só preste atenção: Cerro Perito Moreno não tem nenhuma relação com o Glaciar Perito Moreno, que fica em outra província. Cuidado para não sair no lugar errado...
Las Leñas, em Mendoza, na província de Mendoza
Muito conhecida pelas suas vinícolas, Mendoza é uma cidade grande, com voos diretos de São Paulo, e que oferece muitas opções de diversão para além do esqui ou dos tours pelos vinhedos.
Mas quando o objetivo é encarar o gelo, ela não deixa a desejar: a estação de Las Leñas, nos seus arredores, conta com 29 pistas e o pico mais elevado para praticar o esporte na América Latina, a 3.430 metros de altura com um desnível de 1.200 metros.
No histórico, ela tem a distinção de já ter servido de sede para os Jogos Panamericanos de Inverno e ter recebido esquiadores experientes do mundo todo. Las Leñas também pode ser acessada através da cidade de Malargüe, outra vizinha que recebe voos de Buenos Aires.
Mas fãs de cassinos e baladas costumam preferir desembarcar mesmo em Mendoza, para seguir a viagem de carro ou nos shuttles disponibilizados pelos resorts para realizar estas paradas.
Cerro Chapelco, em San Martin de Los Andes, Neuquén
À beira do Lago Lácar, a cidade oferece não só a estação de Chapelco, mas construções no estilo andino que se misturam à paisagem e clima que lembram algumas cidades europeias.
Localizada a 17 quilômetros do centro, Chapelco tem 28 pistas e 12 meios de elevação, e oferece não só o esporte, como todo o tipo de atividade no gelo: passeios de trenó, snowmobile e caminhadas com raquetes.
É parte do complexo ainda o Chapelco Golf, conhecido não somente por ter um dos melhores campos de golfe do continente, mas também por um resort cinco estrelas que é atrai quem procura um turismo de luxo. San Martín de Los Andes recebe voos diretos de Buenos Aires, mas há turistas que chegam via Bariloche e seguem até suas pistas de carro.
Cerro Bayo, em Villa La Angostura, Neuquén
Parte da Rota dos Sete Lagos, Villa La Angostura é famosa por uma vista única da cordilheira dos Andes e do lago Nahuel Huapi.
No entanto, ela também acolhe a estação de esqui boutique, Cerro Bayo, com 23 pistas para praticantes iniciantes e veteranos. A proximidade da ao centro da cidade (são apenas 9 quilômetros de distância) oferece a possibilidade de esticar o passeio para experimentar outras pistas: restaurantes, casas noturnas e festas de música eletrônica.
Quem prefere se divertir mais do que se aventurar, pode ainda praticar no gelo as descidas de morro em snow tubing, uma "escorregada" na neve sentado sobre uma enorme boia de borracha — sucesso entre as crianças.
Cerro Castor, em Ushuaia, Tierra del Fuego
Conhecida como "o fim do mundo", a cidade da Patagônia Argentina guarda a pista de esqui mais austral do planeta. O que isso significa? Suas temperaturas são tão baixas que o gelo persiste mesmo quando a temporada oficial de neve acaba, no fim de outubro. Essa estabilidade toda também garante que a neve esteja sempre bem fofinha, já que ela não derrete e recongela diversas vezes.
Por isso, Ushuaia já recebeu a Copa do Mundo de Freestyle Slopestyle, uma competição que qualifica esquiadores e outros esportistas do gelo para as Olimpíadas de Inverno. A grande amplitude de altitudes permite que a cidade acomode também as pessoas que sofrem com a diferença de pressão atmosférica longe de casa: sua base está a 480 metros acima do nível do mar, mas seu cume chega a 1.057 metros.
Com 31 pistas de todos os níveis, Ushuaia recebe também esquiadores e snowboarders experientes que gostam de fazer percursos do lado de fora delas. A geografia com uma ampla área nevada favorece ainda o esqui cross-country. Já dentro da estação, há equipamentos modernos e atrações mais turísticas, como a patinação no gelo e restaurantes bem avaliados da região.
Caviahue, em Caviahue-Copahue, Neuquén
Rodeada de bosques com araucárias patagônicas — conhecidas como Pehuenes —, Caviahue-Copahue é uma cidade pequena e tranquila, mas com montanhas que têm ganhado expressividade entre os esquiadores com 13 pistas e 9 meios de elevação.
Para chegar na estação, é só pegar um voo de cerca de duas horas de Buenos Aires a Neuquén, depois seguir percurso de carro por pouco m ais de três horas. Apesar de parecer distante, o caminho tem lindas paisagens o ano inteiro: entre novembro e abril, turistas chegam para experimentar suas águas termais. Já, no inverno, a neve reina.
Como quase não há trânsito, é comum ver gente que usa o esqui também como meio de locomoção nas ruas, ao pé do vulcão Copahue, que demarca a fronteira com o Chile.
Uma das opções de passeios originais da região é embarcar em um dos veículos Oruga, que têm esteiras como as dos tratores, e que leva os visitantes até a borda da cratera do vulcão. Ele é teoricamente ativo, mas sua última atividade registrada foi em 2012, quando soltou cinzas e fumaça.
La Hoya, em Esquel, Chubut
Pouco conhecida pelos estrangeiros, esta estação é apelidada de "Queenstown da Argentina", por lembrar a cidade neozelandesa famosa pelos esportes radicais. É fácil de chegar por lá: há voos diretos de Buenos Aires o ano todo, trazendo visitantes para trekking, rafting, mountain bike e escaladas, mas no inverno são as pistas de esqui e snowboard que conquistam o coração dos turistas.
A neve é de excelente qualidade e, assim como em Ushuaia, a temporada costuma durar mais do que o previsto. Mas, se por algum motivo faltar neve, a estação também conta com canhões de neve artificial para garantir o seu funcionamento.
Quem passa por lá costuma ainda experimentar as opções de gastronomia patagônica, assim como explorar o vizinho Parque Nacional Los Alerces, com árvores de mais de 2.600 anos de idade e trilhas imperdíveis.
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