Prima da samambaia, Asplênio é resistente e ideal para casa menos iluminada
Uma prima distante da samambaia, a Asplênio é uma planta inimiga do sol pleno e perfeita para ser cultivada em ambientes com luz indireta, o que pode ser muito bom para quem não tem uma casa super iluminada, mas faz questão de ter plantinhas.
De acordo com Alessandra Fernandes, engenheira agrônoma, doutora em Fitopatologia e criadora do canal Mundo Agro no YouTube, a Asplênio tem sido considerada inclusive como a "nova samambaia", sendo uma ótima opção para quem não abre mão dos clássicos da jardinagem, mas que adora novidades e inovação.
Existem várias espécies e híbridos da planta, mas as mais conhecidas e encontradas por aqui são:
- Asplenium nidus; a mais comum e que possui folhas que lembram folhas de bananeira, com nervura principal das folhas mais escura ou até preta;
- Asplenium crissie, que tem folhas lisas e rígidas, além de ramificações nas extremidades das folhas;
- Asplenium antiquum, que também pode ser encontrada com o nome de asplênio crespo ou asplênio Osaka, justamente por possuir as folhas longas e crespas;
- Asplenium australasicum, que tem folhas em formato de lança e com certa rugosidade no centro.
Onde e como cultivar
Geralmente, plantas que possuem um verde intenso e escuro, assim como a Asplênio, preferem ambientes sombreados e precisam de menos luz, como explica a engenheira agrônoma.
Essa planta não deve ser cultivada a pleno sol e sim com iluminação indireta. Mas é importante lembrar que nenhuma planta se desenvolve bem no escuro, no breu. Todas precisam de luz para realizar a fotossíntese plenamente".
Fã da umidade e calor, a Asplênio também não é muito indicada para regiões onde as temperaturas são muito baixas. "Ela precisa de regas frequentes para manter a terra úmida, mas é preciso evitar encharcar. Borrifar água nas folhas também é uma boa dica que vai ajudar a manter o clima mais fresco e deixar a asplênio mais bonita", orienta Alessandra.
Segundo ela, trata-se de uma planta de crescimento lento, que não é exigente em adubação.
"Podem ser usados adubos específicos para samambaias ou para folhagens. Ou ainda, adubos orgânicos como húmus de minhoca ou farinha de osso", diz.
Na hora de adubar, é importante seguir as recomendações do fabricante e não exagerar na dose nem na frequência. "Como é uma planta que se desenvolve lentamente, a adubação pode ser feita de 1 a 2 vezes por ano", indica.
Planta resistente
Quem costuma matar as plantas acidentalmente pode encontra na Asplênio uma boa aliada para decorar a casa, pois ela é bem resiste.
Ela é pouco exigente e fácil de cuidar. Com seu crescimento lento, não ocupa muito espaço. Deixa ambientes internos mais aconchegantes, bonitos e com clima agradável", afirma a especialista.
Mas mesmo as plantas mais resistentes não estão livres de pragas e ácaros e cochonilhas também podem afetar a Asplênio. "Mas quando as infestações são descobertas logo no início, uma simples escova de dentes ou até um pano umedecido são suficientes para salvar a planta. Basta limpar a área afetada e ficar de olho para que os bichinhos não voltem", explica Alessandra.
Se essas pragas já tiverem se espalhado, a dica é borrifar uma solução de detergente neutro diluído em água ou usar inseticidas específicos que podem ser adquiridos em lojas de jardinagem. "É importante lembrar que uma planta nutrida e saudável é menos suscetível ao ataque de pragas e doenças. Por isso mantenha as adubações e cuidados em dia".
Para quem quer fazer mudas da planta, o mais indicado é através da separação das touceiras da planta mãe. Para isso, basta retirar a planta do vaso e separar em várias mudas menores.
"O Asplênio não produz sementes. Sua estrutura de reprodução é chamada de esporo: são pequenas bolinhas amarronzadas que surgem no verso das folhas, assim como nas samambaias. O plantio através dos esporos é mais difícil, pois a germinação é lenta e a planta demora se desenvolver", completa Alessandra.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.