Musse de queijo com goiabada recria clássico Romeu e Julieta; veja receita
Não é à toa que a combinação de queijo com goiabada ficou conhecida como Romeu e Julieta. Parece que ambos os preparos, populares em Minas Gerais, foram feitos um para o outro. Seja quando vai direto ao prato ou quando surge em novas sobremesas, como torta, suflê, sorvete ou bolo, a sensação é que os sabores se complementam.
Ligado nessa paixão nacional, o cozinheiro diademense Matheus Buosi criou para o DoRo Gastronomia, seu restaurante em São Paulo, a musse de queijo guarnecida por calda quente de goiabada tipo cascão, que segue os moldes antigos do tacho de cobre. Ele compartilhou o preparo com Nossa.
Queijo com goiabada funciona. É apaixonante e representa bem a nossa culinária".
Mais fácil do que parece, a receita começa com a separação de todos os ingredientes (ato que é chamado de mis en place no mundo profissional) e com a hidratação da gelatina. "A minha dica é despejar a gelatina na água e ir batendo com um garfo para evitar a formação de gruminhos".
Depois de passar pela geladeira e pelo micro-ondas, a mistura vai no liquidificador junto dos outros ingredientes da musse — cream cheese, leite condensado, creme de leite, extrato de baunilha e limão-taiti — e é levada ao refrigerador por quatro horas.
A sobremesa impressiona e é versátil. Dá para servir em potes individuais ou num grande travessa".
Boa parte da graça do doce está na calda. Para controlar a dose de açúcar e sofisticar a pedida, a goiabada é diluída em água e vinho tinto e depois reduzida.
Na hora de servir, apegue-se às temperaturas: "o bacana é apostar no contraste da musse fria e da calda quente'".
Confira a receita completa clicando na imagem abaixo:
De repente, cozinheiro
Nascido em Diadema e criado em São Bernardo, Matheus se lembra dos momentos de infância à mesa. Ele observava a família organizando os almoços de fim de semana e tentava ajudar com tarefas básicas: lavava louça, cortava legumes, misturava os ingredientes, servia a mesa, levava o preparo ao forno...
O que mais ficou guardado na cabeça foi a alegria de todos reunidos e se divertindo. "Tenho memórias de ficarmos a tarde toda sentados, comendo, rindo e jogando tabuleiro".
Na juventude, o envolvimento com a culinária, porém, não foi tão grande quanto o com a arte. Na escola, ele cultivou uma paixão por música e teatro graças a alguns professores e, dos 18 aos 20 anos, fez turnês pelo Brasil com musicais e apresentações circenses. "Foi incrível. Conheci o Brasil, mas também queria estabelecer raízes e criar laços".
Interrompendo a vida de artista viajante, Matheus se mudou de vez para São Paulo e começou a namorar Ricardo Wernke, cozinheiro curitibano que o levou para o ramo dos restaurantes e hoje é seu atual sócio. "Sempre lidei muito bem com o público então fiquei com a função de organizar o serviço de salão do estabelecimento".
Num dia qualquer, uma funcionária faltou e ele precisou substituí-la no comando das panelas. Foi um reencontro:
Me apaixonei pela cozinha de novo e ali fiquei".
Para executar a função com maestria, Matheus correu para fazer cursos livres e, mais tarde, entrou na faculdade. Seu objetivo é investir na educação. "Quero poder ensinar as pessoas e, de alguma forma, conseguir transformá-las, assim como bons profissionais fizeram comigo".
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