Passaporte ucraniano se torna mais influente após guerra; russo perde força
O passaporte ucraniano é mais influente hoje do que antes da invasão russa ao seu território. O motivo? A mobilização internacional para o acolhimento de seus cidadãos refugiados, informou a Henley & Partners nesta terça (5).
A consultoria de imigração trimestralmente elabora o ranking global dos passaportes com base em dados da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) sobre o número de países em que apenas a apresentação do documento garante a entrada do viajante estrangeiro, sem necessidade de visto.
Segundo os novos dados divulgados, cidadãos da Ucrânia atualmente são recebidos com esta facilidade em 143 países, um recorde para a nação que agora se encontra no 34º do ranking de influência. Seu passaporte ganhou uma posição desde o último levantamento, em janeiro de 2022, e 26 posições desde 2012.
De maneira oposta, o passaporte russo perdeu influência bruscamente e caiu três posições. Agora, o documento da Federação aparece em 49º lugar, dando acesso sem visto a 117 países, enquanto há três meses figurava na 46ª posição.
Para a Henley & Partners, já é possível detectar a formação de uma nova Cortina de Ferro — a divisão da Europa entre o Oeste e o Leste, como entre 1945 e 1991, com o fim da União Soviética — com a onda de sanções à Rússia e aos seus residentes para coibir novos avanços sobre o território ucraniano. E este cenário deve se solidificar nos próximos meses.
À medida que o valor do passaporte russo rapidamente declina e o mundo abre suas portas para os ucranianos, é abundantemente claro que o passaporte que você tem determina seu destino e impacta, dramaticamente, as oportunidades que encontra. Apesar de ser impossível prever como será o mundo à sombra de uma nova Guerra Fria, o último índex sugere que a divisão entre a Rússia e boa parte do mundo ocidental só vai aumentar." Analisou Dr. Christian H. Kaelin, presidente da consultoria e criador do ranking.
Brasil segue em 20º lugar; passaporte japonês lidera
Assim como no primeiro trimestre do mês, os passaportes de Japão e Singapura ocupam a dianteira, com acesso simplificado de seus residentes a 192 países.
O Brasil se manteve estável na avaliação da consultoria e segue na 20ª posição, já que nosso passaporte abre portas em 169 nações desde janeiro.
Em 2021, o brasileiro tinha acesso a 170 países com seu documento, mas o México voltou a exigir temporariamente a permissão de entrada dos cidadãos daqui para evitar imigração ilegal tanto para o seu território quanto para os EUA. Veja a lista dos mais influentes:
1º. Japão e Singapura (aceitos em 192 países)
2º. Alemanha e Coreia do Sul (190 países)
3º. Finlândia, Itália, Luxemburgo e Espanha (189 países)
4º. Áustria, Dinamarca, Países Baixos e Suécia (188 países)
5º. França, Reino Unido, Irlanda e Portugal (187 países)
6º. Bélgica, Nova Zelândia, Suíça, Noruega e Estados Unidos (186 países)
7º. República Tcheca, Grécia, Malta, Austrália e Canadá (185 países)
8º. Hungria (183 países)
9º. Lituânia, Polônia e Eslováquia (182 países)
10º. Estônia, Letônia e Eslovênia (181 países)
Os passaportes menos influentes do mundo
Já entre os documentos que dão livre acesso a menos países sem a necessidade de visto estão:
103º. Líbano, Sri Lanka, Sudão (41 países)
104º. Bangladesh, Kosovo e Líbia (40 países)
105º. Coreia do Norte (39 países)
106º. Nepal e Palestina (37 países)
107º. Somália (34 países)
108º. Iêmen (33 países)
109º. Paquistão (31 países)
110º. Síria (29 países)
111º. Iraque (28 países)
112º. Afeganistão (26 países)
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