Cemitério da Recoleta, onde está Evita, passa a cobrar entrada de turistas
Um dos mais conhecidos pontos turísticos de Buenos Aires, o Cemitério da Recoleta passou a cobrar, a partir desta semana, pela entrada de estrangeiros e de grupos de visitantes.
Segundo a prefeitura portenha, a iniciativa de cobrar ingresso para a visita ao cemitério onde está o túmulo da ex-primeira dama argentina María Eva Duarte de Perón, a Evita, tem como objetivo promover "melhorias nas infraestruturas" dos cemitérios na cidade.
A entrada no local somente pode ser paga com cartão de crédito ou de débito. Para turistas internacionais, o valor será de 1400 pesos (o equivalente a cerca de R$ 60). Já estrangeiros com residência na Argentina somente precisam pagar caso visitem o cemitério com a intermediação de agentes turísticos. Para evitar filas, é possível comprar antecipadamente a entrada pelo site da Dirección General de Cementerios da cidade de Buenos Aires.
De acordo com a prefeitura portenha, o valor arrecadado somente poderá ser destinado a custos dos cemitérios da cidade. Além da manutenção, a medida também tem como objetivo instalar placas de sinalização — no Cemitério da Recoleta já foram instaladas indicações da numeração dos setores das sepulturas, para que o visitante possa se orientar sozinho no local.
Com a cobrança, as autoridades querem controlar os acessos aos cemitérios para fortalecer a segurança e a preservação do patrimônio. Com mais de 90 jazigos declarados monumentos históricos nacionais do país, o Cemitério da Recoleta é o mais visitado da cidade, com 1.100 pessoas passando diariamente pelo local em dias de semana e cerca de 3 mil em sábados, domingos e feriados.
Além do sepulcro de Evita, o local atrai visitantes por abrigar restos mortais de diversas personalidades da história, da cultura e da produção intelectual e científica do país vizinho, como escritores, ex-presidentes, artistas e prêmios Nobel.
Apesar do valor histórico e patrimonial da arte tumular que capta a atenção de turistas, o visitante com o olhar atento pode ver, ao longo do percurso pelo local, portas de mausoléus e vitrais quebrados, caixões expostos, objetos em pedaços ou jogados no interior de jazigos e, até mesmo, manchas de um líquido saído de uma das sepulturas.
Questionados na última terça (5/04) por Nossa, trabalhadores do local afirmaram que os jazigos são propriedade privada e que sua manutenção corresponde às famílias proprietárias.
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