Influenciadoras russas destroem bolsas Chanel em protesto contra sanções
Três influenciadoras russas de destaque no mundo da moda usaram tesouras para destruir bolsas da grife francesa Chanel em vídeos para denunciar o que consideraram "russofobia" por parte da maison. Elas já se juntam a uma onda de outras personalidades que protestavam nas últimas semanas as sanções de grandes marcas e empresas ocidentais à Rússia devido à invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.
Após anunciar medidas de apoio humanitário aos ucranianos em 3 de março, a Chanel decidiu fechar suas lojas e e-commerce no país no dia seguinte e se comprometeu a não realizar mais negócios com cidadãos locais para coibir os ataques à Ucrânia.
Na última semana, a cantora e atriz Anna Kalashnikova, com 2,4 milhões de seguidores no Instagram, disse ter sofrido discriminação em uma loja em Dubai que se negou a vender os produtos da grife para ela por ser russa. Em um longo post, ela afirmou que Coco Chanel foi amante de um oficial nazista e acusou a marca de continuar a apoiar o fascismo e a russofobia ao redor do mundo.
Em resposta, três influenciadoras — a também DJ Katya Guseva, a apresentadora Marina Ermoshkina e a modelo digital Victoria Bonya — optaram por uma manifestação mais visual de seu repúdio às sanções: elas usam tesouras de jardinagem para destruir bolsas avaliadas em US$ 7 mil (ou R$ 33 mil) quando já usadas, segundo a CNN americana.
Victoria justifica que a Chanel não respeita suas clientes russas. "Então por que deveríamos respeitar a maison Chanel?", questiona. Já Marina afirma que, ao tentar comprar peças da marca francesa, clientes são obrigados a assinar um documento em que se comprometem a não usar as peças em território russo.
"Sempre fomos o rosto desta marca. É o nosso objetivo desde criança comprar uma bolsa da Chanel. E eu comprei. Mas nada vale o amor pela minha terra-mãe ou o respeito por mim mesma", pontua. "Chanel é apenas um acessório que em algum ponto decidiu humilhar meus compatriotas, decidiu discriminar contra as pessoas com base na nacionalidade, o que eu não vou tolerar", diz.
Katya disse "apoiar o desafio iniciado por Marina" e remover bolsas da Chanel de sua rotina até que a situação atual mude — e a medida contra a Rússia seja revertida.
Elas são apoiadas por influenciadoras como Elvina Borovkova, de 24 anos, que segundo veículos como o Buzzfeed News e a Paper, vem insistindo que é impossível que soldados russos tenham estuprado mulheres ucranianas porque "as mulheres russas são as mais bonitas do mundo".
"Vocês realmente acham que eles precisam de ucranianas? É assustador até mesmo tocá-las, cheias de doenças venéreas", agride a influenciadora em um vídeo viral.
À emissora CNN, a Chanel afirmou que "segue todas as leis de sanções" contra a Rússia, mas se desculpou com a clientela pelos transtornos."Atualmente, estamos trabalhando para melhorar nossos procedimentos e nos desculpamos por quaisquer mal-entendidos relacionados e inconvenientes".
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