EUA tiram Brasil de lista de países não recomendados para viajar por covid
O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), agência federal dos EUA que elabora a lista de recomendações de viagem que também influencia as orientações do Departamento de Estado, removeu na segunda-feira (18) a contraindicação de viagens ao Brasil.
O país havia se juntado à lista de nações de categoria 4, consideradas de "risco muito alto" e para onde as viagens não são recomendadas, em janeiro, no pico da onda provocada pela variante ômicron da covid-19.
Agora, o Brasil consta na categoria 3 avaliada pelo CDC, em que o risco para a doença é "alto". No entanto, a mudança não significa necessariamente apenas uma melhora nos índices da covid-19 pelo território nacional.
Isto porque, segundo a emissora americana CNN, o CDC reavaliou seus critérios de classificação e reservará a categoria 4 "apenas para números de casos extremamente altos, locais de surgimento de uma nova variante de preocupação ou colapso da infraestrutura de saúde", informou ao veículo.
Além disso, a quarta categoria deverá levar em consideração níveis de vacinação e hospitalização da população local. Atualmente, nenhum país no mundo se encontra neste estágio.
Na categoria 3, que é determinada por um índice de casos de covid-19 superior a 100 a cada 100 mil habitantes nos últimos 28 dias e/ou contagens menores, mas acompanhadas de números insatisfatórios de testagens em alguns cenários, o Brasil está ao lado da maior parte dos países europeus, que atualmente enfrentam um novo surto da doença.
Apesar da cautela do CDC, o Departamento de Estado colocou o Brasil em uma categoria de risco ainda mais baixo para viagens nesta segunda (18): nível 2, que significa "exerça cautela reforçada". Atualmente, existem quatro níveis: 1 (exerça as precauções normais); o segundo em que o Brasil está; nível 3 (reconsidere a viagem) e nível 4 (não viaje).
O órgão que regula viagens e as relações exteriores do governo americano frisa os riscos existentes devido à alta criminalidade nos centros urbanos, especialmente nas regiões de comunidades ou favelas, nas fronteiras com outros países da região e nas cidades satélites de Brasília.
Ainda nesta segunda-feira, por ordem da juíza federal Kathryn Kimball Mizelle do estado da Flórida, a lei federal que obrigava o uso de máscaras nos transportes públicos e aviões por recomendação do CDC foi descartada. Turistas já podem viajar em território americano sem a proteção.
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