T-bone do cordeiro rende churrasco saboroso e econômico; como fazer em casa
O t-bone de boi conquistou de vez o seu lugar em churrascarias premium. O belo osso no formato da letra "T" e a presença de dois músculos num só — contrafilé e filé-mignon — são os motivos que alavancaram a popularidade e o preço da carne, que tem ainda uma versão gigante, igualmente desejada, batizada de porterhouse.
Enquanto a fama da peça bovina decolou, a versão ovina do corte ainda engatinha no mercado. Trata-se de uma boa notícia: o recém-chegado entrega qualidade a um preço vantajoso. Ao menos por enquanto, custa 50% a menos que a grande estrela extraída do cordeiro, o carré.
Eduardo Pedroso, que trabalha há 25 anos no mercado de carne e é sócio da steakhouse Toro Negro, em Bragança Paulista, explica que ambos saem do lombo do animal.
"O carré, também chamado de french rack, fica na parte anterior do contrafilé, a mais valorizada. Já o t-bone é destacado da parte traseira, onde se encontra com o filé-mignon".
Quanto mais para trás é retirado, maior será a fração de filé-mignon no bife. Em todos os casos, porém, o tamanho do steak é pequeno. Uma porção de 250 gramas contempla cerca de seis unidades.
Diferentemente do t-bone bovino, o de cordeiro parece um chaveirinho. É delicado, pequeno e vai bem servido como a entradinha do churrasco".
A carne, macia e saborosa, precisa de poucos minutos para atingir o ponto perfeito e é valorizada por uma fina capa de gordura, que fica dourada quando entra em contato com o calor da grelha ou da frigideira.
"Quanto mais simples, melhor fica"
Gosto desagradável que insiste em ficar na boca após a mordida. Esse é um dos problemas do cordeiro que, para Eduardo, só pode ser solucionado no campo.
As produções da Nova Zelândia e da Patagônia Chilena são as que rendem os melhores cortes. Com sazonalidade definida, os animais são abatidos sempre na mesma época e a carne, padronizada, é estocada para o resto do ano.
"É comum sentir um gosto mais forte em ovinos, dependendo do manejo e da idade que o animal foi abatido. Quando bem cuidado, o cordeiro é leve, de fácil digestão, e possui um sabor suave e delicado".
Na hora da compra, a dica é prestar atenção na procedência:
Com um produto bom em mãos, quanto mais simples o preparo, melhor ele fica".
Passo a passo
Confira, abaixo, o modo de preparo do Toro Negro e obtenha o melhor resultado na estreia do corte na sua casa:
- Espere as chamas da churrasqueira virarem brasa e sinta a temperatura. Aproxime a mão da grelha, instalada a 30 centímetros do fundo, e conte até três;
- Se esse número for o máximo que você aguenta, está certo: pode colocar o t-bone e esperar dourar. O processo deve demorar dois minutos;
- Quando a carne começar a suar na parte de cima, vire e caramelize do lado que falta. "Recomendamos o ponto de rosbife, quando o centro ainda está levemente rosa e suculento."
- Após mais dois minutos, retire a carne da churrasqueira e deixe descansando numa tábua por 40 segundos antes de servir;
- Na finalização, coloque flor de sal ou o sal fino na medida que agradar mais o seu paladar.
Em tempo: quem não tem churrasqueira pode preparar a pedida na frigideira, que deve estar bem quente no início da receita. A "deixa" para virar a carne é a mesma: as gotículas de água que surgem pela ebulição do suco.
Molho de hortelã
Assista ao vídeo e aprenda
No episódio de "Cozinha por Aí" em que Pedro de Bem prepara o cordeiro, o influencer ensina a fazer um delicioso e refrescante molho de hortelã. O passo a passo é simples.
Comece destacando as folhas do ramo e picando com uma faca afiada sem danificar demais a planta. Cubra o fundo de uma panela com um pouco de azeite e leve ao fogo baixo.
Coloque a hortelã picada na frigideira e espere infusionar por 20 minutos. Ou seja, aguardar o líquido "puxar" os aromas das folhas, tomando cuidado para não amargar. Tempere com sal e pimenta-do-reino.
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