Como escolher a coleira ideal para passear com seu pet ou treiná-lo
Passear com o cão e até gatos é uma rotina de muitos donos que desejam que o animal tenha um momento de lazer e também faça suas necessidades fora de casa. Para garantir um ambiente seguro para o pet, as saídas devem proporcionar bem-estar ao bichinho de estimação.
Além de um local seguro para o passeio, a escolha certa em relação às coleiras também deve ser levada em consideração na hora conduzir o bicho em treinamentos e ambientes externos.
"Acredito que a seja qual coleira for, ela precisa cumprir a única função que é a segurança do animal", destaca Rafael Wisneski, Mestrando no Programa de Pós-graduação em Ciência Animal da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Explicamos abaixo a diferença entre cada coleira e qual a melhor para o seu animal. Saiba que nem todas podem ser usadas para passeios e algumas ainda podem machucar o pet.
Coleira tradicional
É uma das mais comuns e vai diretamente no pescoço do animal. No entanto, não é recomendada pelos especialistas ouvidos por Nossa. Isso porque no pescoço do cão há vasos sanguíneos e a região pode sofrer com pequenas frações de pressão, levando a problemas de coluna, estrangulamento e outros desconfortos no pet durante o passeio e depois da caminhada.
"Serve apenas para colocar a coleira de identificação do animal, simplesmente isto", diz Maria Natalia Martins, especialista em comportamento animal do Instituto Cão Companheiro.
Coleira de obediência
Funciona como uma espécie de "enforcador". O objeto também age no pescoço do animal, mas pode provocar lesões e problemas emocionais. Muitas vezes, o dono pode achar que o bicho não está incomodado, mas ele pode não manifestar o desconforto.
"O cão pode manifestar a dor para aproveitar e não perder o passeio. Mas ele pode ficar muito estressado e com incômodo", diz Wisneski, que também é especialista em comportamento animal.
Coleira peitoral em formato H
Ela é a mais indicada pelos especialistas. A condução do animal fica um pouco mais difícil, mas o acessório se ajusta ao seu corpo. É possível, por meio das regulagens, deixar o pet extremamente seguro e confortável.
"O cachorro tem uma proteção maior muscular. As regiões do peito, músculos e dorso vão ser minimamente afetadas", diz o especialista da PUC-PR. É importante fazer com que o animal se acostume com equipamento em casa primeiro, antes de ir com ele para rua.
Peitoral formato X
Pode ser bom para o conforto, mas do ponto de vista de segurança, o acessório não é o melhor para o animal por causa da formação peitoral do cão. Em situações em que ele trava com a coleira ou sinta medo, pode fazer uma volta de 180 graus, aumentando o risco de fuga.
Coleira peitoral antipuxão
Ela não é indicada para conduções permanentes na rua, e sim, para períodos específicos de treinamento. Após conseguir um comportamento adequado do animal, o ideal é trocar de coleira para realizar as caminhadas.
"Ótima opção para cães que puxam muito no passeio ou que o tutor tenha dificuldade em controlar. Mas é importante saber que elas são equipamentos de treinamento. Costumo indicar para tempo determinado até tutor e cão estarem mais confortáveis no passeio", diz Martins.
Gentle leader (coleira cabresto)
Essa coleira funciona para uma resposta mais adequada e direcionada. O acessório serve para corrigir e controlar o focinho e os ombros do animal, no momento em que ele puxa, fazendo com que retorne à posição inicial.
No entanto, ela é indicada para situações específicas e não deve ser usada com frequência. "Quando tem objetivo de andar com tranquilidade e conforto ela pode ser boa. Mas não significa que você precisa colocar e gerar um desconforto permanente no passeio", diz o especialista.
Em casos de cachorros agressivos ou com reatividade, o recomendado é procurar um especialista em comportamento animal e não punir o bicho com o uso do acessório.
Escolha da guia
Outro fator que é importante na hora da condução do animal é a guia. Muitas vezes, ao usar acessórios extremamente curtos, dificulta a manobra e pode deixar o animal sem muito movimento. "Não precisa ser tensa, mas precisa ter pontos de segurança e ser confortável", ressalta o especialista em comportamento animal.
O recomendado são guias de mais de um metro e meio ou dois metros de comprimento. O chamado mosquetão, parte da guia para colocar a coleira, também precisa ser de um material resistente e, se possível, contar com um dispositivo de segurança que não permita abrir.
Gatos também devem usar coleira?
Para locomover o felino, deve-se levar em consideração a caixa de transporte. Em casos específicos, em que será usado a coleira, a recomendada é uma coleira de peitoral adequada e que fique bem segura na região do tórax (abaixo do pescoço).
Dessa forma, o animal tem menos chances de escapar e provocar acidentes. A mais indicada é em formato H e com guia retrátil. "Dá controle ao tutor e mais liberdade ao gato para explorar", diz Martins.
De olho no comportamento
Se o tutor passear com o animal na rua e perceber mudanças graves além de muitos puxões, provavelmente ele está sofrendo com um desajuste comportamental.
O indicado para deixar o passeio com mais segurança é procurar um profissional capacitado para conduzir e adestrar.
Também é aconselhado utilizar "dicas verbais", com informações do tipo: "Olhe para mim". Dessa forma, o animal para e presta atenção nos comandos feitos pelo dono.
"Isso faz com que o animal não se desprenda para um estado emocional muito grande e tenha um condutor para vivenciar experiências no ambiente externo", afirma Wisneski.
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