Entre alien e queijo famoso, cidade suíça oferece clima bucólico e história
Montanhas a perder de vista, fazendas produtoras de queijo, campos com vacas com sininhos típicos no pescoço, fábricas de chocolate, um centro histórico adorável, um castelo na parte mais alta. A paisagem geral na pacata Gruyères, na Suíça, não poderia ser mais bucólica.
A pequena e pitoresca cidade fundada pelo rei vândalo Gruerius parece ter emergido diretamente das páginas de um livro de história medieval. Localizada no distrito de Friburgo, é famosa principalmente por ser o local onde teria sido preparado pela primeira vez, pelas hábeis mãos de um monge, o queijo Gruyère.
Hoje, o delicioso queijo pode ser degustado não apenas nos restaurantes da cidade como também nas muitas fazendas da região abertas à visitação turística.
Famoso "passeio de um dia" para viajantes que estão hospedados em outros destinos mais turísticos como Gstaad (procurada especialmente durante o inverno, por suas pistas de esqui) e Montreux (do famoso festival internacional de jazz e de grande produção vitivinícola), Gruyères não decepciona.
O pequeno centro histórico, fácil de visitar em um par de horas, é repleto de ruas de paralelepípedos, fontes e fachadas multicoloridas que guardam sorveterias, queijarias, restaurantes, cafés e lojas de souvenirs.
Medieval, o vilarejo tem em sua parte mais alta o Château de Gruyères, um castelo visível de longe que já foi lar dos então condes de Gruyères. Erguido no século 13, foi convertido em um museu que abriga relíquias de oito séculos.
A visita hoje em dia conta com um belo show multimídia que propõe uma viagem pelo tempo, além de receber diferentes exposições. Percorrer seu Salão dos Cavaleiros, muralhas e jardins é um programão. E seus terraços têm vistas panorâmicas imperdíveis para os Alpes.
Paixão por queijo e chocolate
Os moradores de Gruyères garantem que o queijo homônimo teria sido criado localmente por um antigo monge. Os primeiros registros tratam da preparação do queijo ainda no século 12. Suave, macio, com toque de nozes, notas frutadas e textura levemente úmida, no formato redondo, o verdadeiro queijo gruyère tem que ser produzido ali, até hoje, pela denominação de origem "Le Gruyère AOP".
No menu dos restaurantes da cidade, o queijo é estrela e de alguma maneira acompanha quase todos os pratos do menu. Há lojas especializadas em fondue, como a Fondue Academy, que ensina aos clientes "a arte da preparação de fondue" segundo mestres queijeiros.
A La Maison du Gruyère, logo ao lado da estação ferroviária, está aberta para visitação o ano todo, oferecendo um tour bastante educativo e ótima loja para quem quiser levar algumas delícias lácteas para casa.
Mas, em se tratando de território suíço, é claro que Gruyéres e seus arredores também vivem à base de chocolate. Além das muitas lojinhas locais, a Chocolaterie de Gruyères tem um simpático museu e promove workshops com degustação até durante o café da manhã.
Nos arredores, a visita mais concorrida é na Maison Cailler, uma das mais tradicionais fábricas de chocolates suíços. O tour bastante lúdico, pensado para famílias com crianças, termina no melhor espírito "fantástica fábrica de chocolate": uma sala com unidades de todos os chocolates produzidos pelo grupo para serem degustados à vontade no local.
Para fãs de passeios gastronômicos, Gruyères está também conectada a outros destinos da região através de alguns deles, como o Trem de Fondue até Bulle, o Trem do Chocolate até Montreux ou o Trem do Queijo, de Montreux ao Château d'Oex.
Ode ao criador de Alien
Mas esta adorável cidade suíça atrai muitos visitantes também pelo seu lado mais "sombrio": é ali que fica o HR Giger Museum, um museu inteiramente dedicado às obras do criador do Alien, que deu origem à série de filmes sobre o horripilante ser alienígena — com direito a um imperdível café e bar temático logo em frente.
Localizado ironicamente ao lado do espiritualizado Museu da Cultura Tibetana, o HR Giger Museum tem mostra permanente de uma extensa coleção de trabalhos de Giger em diferentes períodos criativos - incluindo, é claro, seus projetos para os filmes "Alien", "Dune", "Species" e "Poltergeist", por exemplo.
A ideia do museu teria surgido após HR Giger ter sido convidado em 1990, por ocasião do seu 50° aniversário, a exibir uma retrospectiva do seu trabalho no Château de Gruyères. A mostra "Alien dans ses meubles" (algo como "alien em sua mobília") foi um sucesso, com mais de 110.000 visitantes.
Após visitar várias vezes a cidade ao longo do processo, HR caiu de amores pela região e não hesitou em comprar o Château St. Germain quando soube que o edifício quase vizinho ao Château de Gruyères estava à venda. Em 1998, o esperado "museu do Alien", como frequentemente é conhecido, abria suas portas, oferecendo uma experiência cultural completamente diferente através das figuras surreais criadas por Giger.
Bem em frente ao museu, há um bar e café cuja decoração é 100% inspirada nos filmes do Alien. Vale sentar em suas indefectíveis cadeiras alongadas em frente ao balcão de visual futurista para tomar um drinque ou café enquanto aprecia pelas enormes janelas as colinas bucolicamente verdejantes e o pacato vilarejo do lado de fora.
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