Barril esquecido de uísque escocês de 1988 é vendido a quase R$ 5,7 milhões
Um apreciador de uísque não identificado — embora seja possível se perguntar o quão verdadeiramente apreciador da bebida o comprador em questão é — comprou um barril de uísque escocês The Macallan, pouco depois de ser preenchido, em 5 de maio de 1988.
Na época, ele pagou 5 mil libras, o que hoje seria equivalente a pouco mais de R$ 31 mil, desconsiderando a correção monetária.
No entanto, o dono do barril esqueceu que havia assinado este cheque, por assim dizer. E o tal barril ficou encalhado nos armazéns da destilaria The Macallan, no nordeste da Escócia, por quase 34 anos. Após ser lembrado pelo rótulo dessa "comprinha", o proprietário decidiu colocá-lo no mercado — com um considerável lucro.
O barril esquecido foi vendido em leilão organizado pelo site especializado Whisky Hammer a um cidadão americano no domingo (24) e alcançou a impressionante cifra de 915,5 mil libras, quase R$ 5,7 milhões. À revista Food and Wine, a casa virtual garantiu que este é o recorde de barril de uísque mais caro do mundo já vendido em leilão.
O recorde anterior era de outro barril de xerez Macallan, de 30 anos, vendido por cerca de US$ 572 mil — ou R$ 2,86 milhões — através da casa Bonhams no ano passado. Segundo a Whisky Hammer, o seu barril tem 374 litros e renderia 534 garrafas de 700 ml a um preço de US$ 2.426 por garrafa, ou seja, mais do que os US$ 2.200 por garrafa alcançados pela Bonhams.
Há uma importante ressalva (ou seria disputa?) nesta história: um barril da mesma destilaria foi arrematado em leilão em outubro de 2021 pela impressionante cifra de US$ 2,33 milhões ou cerca de R$ 11,65 milhões atuais. Ou seja, um valor muito maior do que o recorde da Bonhams ou esta nova venda feita pela Whisky Hammer.
No entanto, é difícil determinar se o tal barril da discórdia é mesmo mais valioso que os dois primeiros. O motivo? Ele foi comprado junto com um NFT (tóken não fungível), um quadro digital criado pelo artista Trevor Jones.
Além disso, o barril de Macallan que acompanhava a obra de arte era de 1991 e, portanto, mais novo do que o "esquecido" desta semana. Uísques costumam se valorizar quanto mais envelhecidos e raros forem, o que pode sinalizar que a disparidade de valor entre a venda da garrafa de 1991 e a de 1988 seja, na verdade, por conta do NFT.
"Quando colocamos este barril na nossa listagem para o leilão, sabíamos que tínhamos o potencial de fazer história. Encontrar um barril desta idade, qualidade e tamanho é extraordinário por si só, o que é potencializado pelo fato que o líquido foi destilado na The Macallan, o que reflete a atenção global que este barril recebeu", opinou à publicação Daniel Milne, fundador e diretor executivo da Whisky Hammer.
Afinal, quem seria o vencedor? O mistério, por enquanto, permanece.
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