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Viagens aéreas globais já se recuperam e voltarão a nível pré-covid em 2023

Nem mesmo o impacto econômico global da guerra na Ucrânia e o fechamento de fronteiras na Ásia pela covid-19 tem conseguido frear a ânsia dos viajantes de voltar ao ar - Getty Images
Nem mesmo o impacto econômico global da guerra na Ucrânia e o fechamento de fronteiras na Ásia pela covid-19 tem conseguido frear a ânsia dos viajantes de voltar ao ar Imagem: Getty Images

De Nossa

11/05/2022 17h16

O ritmo de recuperação das viagens internacionais já é mais rápido do que o previsto para os primeiros meses pós-flexibilização das restrições de fronteiras impostas pela pandemia. A conclusão é da IATA (Associação de Transporte Aéreo Internacional, na sigla em inglês).

Segundo Willie Walsh, diretor da organização, o mundo poderá viver sua retomada plena aos níveis de movimentação aérea de 2019 já no próximo ano.

"Temos visto [números] muito fortes de reservas. Certamente, todos os presidentes de companhias aéreas com que tenho conversado [têm relatado] não apenas boa demanda para viagens no fim do ano, mas eles continuam a ver a demanda crescer ao longo do ano", apontou Walsh à agência Reuters em uma conferência em Riyadh, na Arábia Saudita, na segunda (9).

O resultado é surpreendente em um cenário que ainda impõe limitações às viagens, com o mercado asiático totalmente fechado para estrangeiros devido às políticas de tolerância zero no combate à covid-19, especialmente na China, e à circulação comprometida de passageiros no Leste Europeu em razão da guerra na Ucrânia.

Mesmo com aumento nos combustíveis de aviação — em torno de 10%, estima — como efeito dominó das sanções à Rússia e o seu resultante reajuste nas passagens e tarifas, aeroportos já têm visto filas novamente na Europa e movimento consistente em outras partes do globo.

"Eu não acredito que devamos nos distrair do fato que temos percebido uma forte recuperação e acho que esta recuperação ganhará força a medida que passamos pelo resto deste ano e entramos em 2023", opinou. Para Walsh, o verão [do hemisfério norte, entre junho e setembro] de 2023 deverá ser especialmente bem-sucedido.

No entanto, ele acredita que algumas estações do ano podem ainda ter uma performance mundial abaixo da média de 2019, já que não é possível descontar o impacto de um enorme mercado, como o asiático, fora de campo no turismo atualmente.