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Linhas de cruzeiros internacionais sinalizam fim de restrições da pandemia

Wonder of the Seas, o maior navio de cruzeiro do mundo, atracado nas Bahamas: pelo seu tamanho, ele deve ser um dos últimos a encher totalmente com hóspedes - Marcel Vincenti
Wonder of the Seas, o maior navio de cruzeiro do mundo, atracado nas Bahamas: pelo seu tamanho, ele deve ser um dos últimos a encher totalmente com hóspedes Imagem: Marcel Vincenti

De Nossa

14/05/2022 09h27

Companhias de cruzeiros internacionais já começam a se despedir de restrições no seu número de passageiros a bordo dos navios devido a protocolos sanitários de prevenção e combate à covid-19.

"Temos agora navios viajando com 100% [de capacidade] e já temos embarcações navegando com 100% há algumas semanas saindo do Caribe, entrando no mercado caribenho", disse o presidente da Royal Caribbean, Michael Bayley, ao site especializado Cruise Critic na terça (10).

O executivo ainda acredita que, até o feriado prolongado americano do Memorial Day, em 30 de maio, a maior parte dos navios da companhia já estarão com máxima capacidade nos mares.

A exceção mais notável seria o seu Wonder of the Seas, maior navio de cruzeiro do mundo, que deve ver a demanda para suas acomodações de mais de 5.700 passageiros crescer gradualmente, a medida que as pessoas se sintam mais seguras em relação a covid-19 e à economia.

A Royal Caribbean anunciou sua volta ao circuito da América do Sul em fevereiro, com cruzeiros internacionais, assim como a MSC que anunciou na semana passada a inclusão do Brasil na rota de seu cruzeiro que parte dos EUA e passa pelo Caribe. Esta última, no entanto, ainda não se posicionou a respeito de viagens com lotação máxima.

Outras linhas, que viajam com brasileiros apenas em águas estrangeiras, já fazem o mesmo movimento da Royal. A Virgin Voyages, que viu seu primeiro navio zarpar de Miami, um porto querido para brasileiros, no ano passado, também anunciou que deixará de restringir sua ocupação a 50% da lotação máxima.

"Nós deixamos a restrição de capacidade de 50% para trás recentemente, quando começamos a monitorar de perto a maneira com que o ambiente de viagens está evoluindo e se recuperando. Vacinações mudaram o jogo para nós e vimos nos últimos meses que nossos protocolos estão funcionando, então nos sentimos confortáveis para reavaliar as restrições de ocupação", disse um porta-voz da companhia à revista Travel and Leisure.

No entanto, a recuperação também não foi imediata para a Virgin. "Não chegamos a viajar com a lotação máxima ainda, mas estamos ansiosos para receber novos passageiros e veteranos de bordo sem limitações", completou ainda.

Já Lisa Lutoff-Perlo, presidente da Celebrity Cruises, teria dito a repórteres em uma mini viagem fechada para convidados que partiu de Southampton, no Reino Unido, em 27 de abril, que as restrições são coisa do passado para a empresa. "Nós viajamos com capacidade reduzida para voltar [para o mar]. Por favor, voltem e encham estes navios", pediu, segundo o Cruise Critic.

O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) removeu cruzeiros de sua categoria de risco para viagens em 1º de abril. Já no Brasil, a Anvisa autorizou a retomada dos cruzeiros em 7 de março.