'Boulevard dos Bilionários': como é e quem mora na rua mais cara de Londres
Na mira de sanções econômicas impostas pela União Europeia, o oligarca russo Roman Abramovich está com 230 milhões de libras (R$ 1,4 bilhão) em imóveis bloqueados desde o início da guerra na Ucrânia. Entre as residências de luxo afetadas, segundo investigação da BBC, está o seu famoso mini-palácio de 15 quartos na "Rua dos Bilionários" ou "Boulevard dos Bilionários", conhecida por ter o metro quadrado mais caro de Londres.
O imóvel é o mais valioso sancionado de Abramovich, adquirido em 2011 pelo valor de 90 milhões de libras (R$ 564 milhões).
A Rua dos Bilionários, lugar escolhido por Abramovich para morar em Londres, faz jus ao apelido, pois além do magnata russo, reúne plutocratas globais e o herdeiro da família real britânica, o príncipe Willian e sua esposa Kate Middleton.
Mas afinal, que rua é essa?
A Rua dos Bilionários é a Kensington Palace Gardens, em Kensington, no oeste do Centro de Londres.
Com extensão de apenas 800 metros, foi considerada pelo 13º ano consecutivo como a rua mais cara do Reino Unido, segundo relatório de 2021 da Zoopla, empresa imobiliária britânica. Lá, o preço médio de uma casa custa 29,9 milhões de libras (R$ 187 milhões).
Em termos de comparação, o valor na Rua dos Bilionários é mais de 100 vezes superior ao preço médio de uma casa comum no Reino Unido, que custa 265.668 libras (R$ 1,6 milhão).
De acordo com Grainne Gilmore, chefe de pesquisa da Zoopla, o dado é reflexo do tamanho das propriedades, da localização e do caráter exclusivo das mansões seculares do lugar.
De fato, a exclusividade é levada a sério na Rua dos Bilionários, pois as duas extremidades da via são fechadas e vigiadas por segurança, além de ser totalmente arborizada.
Quem mora na Rua dos Bilionários?
Segundo o jornal inglês The Guardian, a via surgiu em 1840, sendo primeiramente ocupada por comerciantes, latifundiários e gestores de fundos de investimentos.
Mas a partir do século 20, o perfil dos proprietários das mansões passou a ser de banqueiros e herdeiros de famílias ricas.
Já no século 21, magnatas globais passaram a ocupar a rua, dividindo-a com embaixadas —que passaram a escolher as mansões na Kensington Palace Gardens devido à segurança e vigilância do local, já que podem ser alvos de ataques terroristas.
Estão na rua atualmente as embaixadas da Rússia, Nepal, Líbano, Eslováquia, Israel e Romênia.
Mas os moradores mais famosos, claro, são o duque e a duquesa de Cambridge, príncipe William e Kate Middleton. Eles estão em um palácio de 20 quartos, espalhados em quatro andares, onde residem com seus três filhos.
Ainda na seara da realeza, a rua abriga a jordaniana Haya bint Hussein, a princesa de Haya.
Também possui casa na rua, além de Abramovich e os moradores reais, a herdeira da Fórmula 1, Tamara Ecclestone, filha do ex-chefão da categoria Bernie Ecclestone.
Sua mansão de 57 quartos, piscina no subsolo e cinema fica no número 8 da Kensington Palace Gardens e está avaliada em cerca de US$ 94 milhões.
Já a revista Forbes ainda lista o bilionário ucraniano e proprietário do Warner Music Group, Len Blavatnik, dono de uma mansão de 13 quartos, comprada por 41 milhões de libras (R$ 257 milhões); e o magnata indiano Lakshmi Mittal, dono da Arcelor Mittal, a maior siderúrgica do mundo. A mansão de Mitta tem 12 quartos e é considerada uma das mais caras do mundo.
A cantora Adele também comprou duas casas no bairro por 11 milhões de libras.
Apesar de toda essa exclusividade e desembolso de milhões de libras, a propriedade das mansões pelos bilionários é temporária, pois são assinados contratos de 100 anos em caráter de arrendamento, que é uma cessão provisória, podendo ser repassados aos seus herdeiros.
A real dona da rua é a The Crown Estate, empresa independente que administra bens imobiliários da realeza no Reino Unido.
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