Farmácia em casa: saiba como cultivar plantas medicinais em seu jardim
Não é nenhum segredo que os estudos sobre plantas medicinais e suas aplicações na cura de doenças — a fitoterapia —, são conhecimentos milenares que vêm sendo transferidos de geração para geração. Afinal, quem nunca ouviu a mãe ou a avó dizer que o chazinho "x" ou "y" era perfeito para amenizar uma dor de cabeça, de estômago ou até uma cólica menstrual?
Por isso, investir no cultivo de algumas plantas no quintal, ou até mesmo na varanda do apê, pode ser uma ótima alternativa para tratar alguns males de forma natural.
Contudo, vale lembrar, que sempre é preciso consultar um médico para avaliar cada caso, pois só um especialista é que pode recomendar o tratamento adequado para qualquer problema de saúde.
"Remédio" no jardim
Para cultivar algumas ervas conhecidas por suas propriedades medicinais em casa, alguns cuidados devem ser levados em conta.
De acordo com a paisagista Nô Figueiredo, que mantém um canal no Youtube dando dicas sobre os cuidados com plantas, para ter em casa ervas como manjericão, alecrim, hortelã e boldo é preciso ter uma área onde bata sol direto por no mínimo quatro horas diárias, além de uma terra boa e adubada.
Algumas gostam de mais água, como o manjericão e a hortelã. O alecrim já não gosta de tanta água assim", detalha.
Alecrim
O alecrim é um arbusto perene que pode atingir até dois metros de altura e gosta de muito sol e climas quentes.
"O solo deve ser arenoso e bem drenado. Eu costumo até colocar um pouco de areia ao substrato para ele ficar bem poroso e não acumular água. Mesmo quando planto no jardim, acrescento um pouco de areia", comenta Nô.
O alecrim tem uma série de propriedades e é uma das plantas mais básicas para quem quer ter uma "farmácia" em casa.
Manjericão
O manjericão é uma planta herbácea originária da Índia e também gosta de pleno sol e solo bem drenado.
A planta deve ser adubada regularmente, de preferência com compostos naturais, como o húmus de minhoca. Em épocas mais quentes, as regas precisam ser regulares e às vezes até diárias.
Boldo
Apesar de também precisar de sol pleno por pelo menos quatro horas, o boldo é menos exigente com relação às regas. A planta é bastante conhecida por "curar a ressaca", aliviando o mal-estar gástrico depois da bebedeira e é muito comum de ser encontrada nos quintais de vó.
Hortelã
Apesar de não ser muito exigente com relação ao adubo, vale a pena enriquecer os nutrientes do solo. Adubos como húmus e minhoca e esterco bovino são ideais.
Se for cultivar dentro de casa, faça isso ao lado de uma janela onde entre muita luz.
As regas devem ser frequentes e em dia mais quentes, podem ser necessárias até duas vezes por dia.
Outras opções para plantar em casa são a Babosa, Camomila, Guaco, Erva Cidreira, Carqueja, Melissa, entre outras.
Corte e cultivo
Ela explica que a poda dessas plantas também é muito importante, pois quanto mais são podadas, mais bonitas as plantas ficam.
A paisagista explica que não ter um quintal não é desculpa para não plantar algumas ervas que podem servir de farmácia viva em casa.
"Podemos cultivar muitas ervas em vasos, lembrando sempre que elas precisam de no mínimo quatro horas de sol direto por dia. E também é importante que o vaso tenha um bom tamanho, pois se for muito pequeno, a planta não terá espaço para crescer e se desenvolver e logo morrerá", explica.
No caso da hortelã, vaso ou bacia são altamente recomendados para o cultivo. "Já fiz a besteira de plantá-la direto no jardim e ela se alastrou loucamente. Quase acabou com a minha horta! E a gente nunca deve cultivar dois tipos de hortelãs diferentes no mesmo vaso. Elas se hibridizam facilmente e podem formar uma nova espécie que a gente não vai saber para que serve", recomenda.
Renovando as ervas
Nô explica que as ervas duram alguns anos, mas de tempos em tempos precisam ser renovadas.
"O manjericão e a lavanda duram uns 2/3 anos. Depois eles começam a ficar feios e precisam ser renovados. Ou seja, precisamos pegar uma ponta de galho novo, deixar na água até saírem raízes e então plantar no lugar da planta-mãe".
Já o alecrim dura mais tempo, podendo crescer por vários anos.
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