Capelas de Las Vegas são proibidas de ter 'Elvis' realizando casamentos
Os tradicionais casamentos nas capelas de Las Vegas, nos EUA, realizados por cerimonialistas caracterizados como Elvis Presley — talvez o único lugar no planeta em que o Rei do Rock realmente "não morreu" — podem estar com os dias contados.
A empresa que detém os direitos de licenciamento de imagem, nome e propriedade intelectual do cantor, Authentic Brands Group, enviou documentos legais ordenando que os estabelecimentos na Cidade do Pecado abandonassem a prática até 27 de maio, informou o Las Vegas Review-Journal nesta terça (31).
No documento obtido pela publicação, a companhia teria suspendido o "uso não autorizado do nome, semblante, semelhança vocal e quaisquer outros elementos da persona de Elvis Presley em propagandas, produtos e outros".
Os termos "Elvis", "Elvis Presley" e "Rei do Rock and Roll" também seriam marcas registradas do Authentic Brands Group, diria ainda o texto.
Comerciantes e empresários de Las Vegas temem o que a medida possa causar aos negócios na cidade turística que só agora começa a se recuperar dos impactos da pandemia.
"Nós somos um negócio de família e agora estamos indo de encontro aos cachorros grandes. Este é o nosso pão com manteiga. Não entendo. Quando estamos retomando o ritmo após a covid, isso acontece", reclamou Kayla Collins, operadora da Las Vegas Elvis Wedding Chapel e da Little Chapel of Hearts ao jornal.
Recebemos reservas que estão planejadas há três, quatro ou cinco anos para ter um casamento com o Elvis. Eles querem proteger a marca do Elvis. Mas o que estão protegendo ao tirar o Elvis do seu público?". Questionou ainda Kent Ripley, da Elvis Weddings.
Lynn Goya, administradora do condado de Clark (região do estado de Nevada onde a cidade fica localizada) que conduziu uma campanha promovendo Las Vegas como destino de casamentos recentemente, concorda que a ordem não poderia ter chegado em pior momento.
"Isto pode destruir uma porção da nossa indústria de casamentos. Muitas pessoas vão perder seu meio de vida", opinou ao Review-Journal. O turismo do altar em Vegas gera US$ 2 bilhões (quase R$ 9,6 bilhões) por ano — boa parte dele ligado ao nome de Elvis Presley.
Em comunicado à agência Associated Press, o Authentic Brands Group disse que mantém relações sólidas com os artistas que realizam tributos a Elvis e aos festivais organizados por fãs e ainda que não teria "nenhuma intenção de fechar capelas que ofereçam pacotes de Elvis em Las Vegas".
"Queremos fazer parcerias com estes pequenos negócios para garantir que o uso deles do nome de Elvis, de sua imagem e aparência sejam oficialmente licenciados e autorizados pelo patrimônio [do cantor], para que eles possam continuar suas operações. Elvis é parte da história de Las Vegas".
O próprio cantor se casou com Priscilla Presley na cidade em 1967 e realizou múltiplas residências bem-sucedidas ali, além de ter feito sucesso com o hit "Viva Las Vegas". A decisão da empresa que administra seu legado chega no momento em que o interesse por sua trajetória deve crescer com o lançamento do filme "Elvis", de Baz Luhrmann, previsto para chegar aos cinemas brasileiros em julho.
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