Cerâmica se une a metal em objetos que parecem verdadeiras joias para casa
Sorte de quem tem aquela melhor amiga na adolescência. Atravessar anos difíceis na escola, enquanto você se acha a criatura mais estranha do mundo, fica mais leve quando se tem essa presença. Foi assim com Tina e Débora: aquele laço só se fortaleceu. Mesmo que tenham seguido caminhos bem diferentes — Débora na Comunicação e Tina na Matemática e na Arquitetura -, não se separavam.
Formadas em 2004, cada uma em seu curso, seguiram suas profissões. Havia uma tradição nunca perdida: a cada aniversário, se presenteavam com algo feito à mão. "Em 2016, a Débora fez um vaso de concreto para me dar", conta Tina.
Os amigos gostaram e com um excedente de material, ela fez vasos para eles. "Vimos que existia um nicho ali. Mas não era nossa intenção empreender. Conversamos até hoje sobre isso: criar é bem diferente de administrar", Tina observa.
De lá pra cá, seis anos se passaram e não teve jeito: o empreender fisgou a dupla. Lançaram a Gypso (@gypso.sp) logo em seguida do sucesso das peças com os amigos. "Nós duas tocamos tudo, da comunicação à contabilidade", diz Débora. Duas habilidades, aliás, que elas tiram de letra.
Naquele início, elas surfaram na onda das feiras de rua. "Assim atingimos mais público e conseguimos uma oportunidade. O cimento teve mais exposição. Uma grande marca nos procurou e caminhamos organicamente", contam.
Dali caminharam para outras técnicas. Granilite com cimento agregado e polido, por exemplo, depois se somou a um curso de ourivesaria feito por Débora e enfim, à cerâmica. "Fomos combinando saberes e experimentações."
Individualmente e como empresa foi importante cada uma encontrar sua linguagem criativa. O que mais gostamos é de manter nossa individualidade unindo nossa criação".
Assim, surgem objetos dos mais variados — vasos, açucareiro, um pequenino vaso de parede, castiçais, colheres e pratos de latão martelado. Parecem joias para a casa, orgânicas, reluzentes e fortes.
No fim do ano Tina se mudou para o interior de São Paulo, enquanto Débora permanece na capital. Embora o destino tenha separado a dupla de novo, elas dão um jeito de continuar o trabalho, usando a leveza, caraterística principal de suas peças. "
A Gypso nos dá essa liberdade de entender que os sonhos podem mudar e que às vezes precisamos mudar o rumo. Assim como os materiais que trabalhamos, é importante ter essa maleabilidade", dizem. Uma história assim ganha força para ir ainda mais longe, não?
@s que me inspiram
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