Praia com areia que parece pipoca bomba entre turistas das Ilhas Canárias
A Playa del Bajo de la Burra, na ilha de Fuerteventura, atrai visitantes ao arquipélago espanhol das Canárias por uma característica curiosa de sua formação geológica: as areias em formato de pipoca.
O processo de formação destas estruturas é tão interessante quanto sua própria presença à beira-mar. Elas são, na verdade, fósseis de corais vermelhos que foram trazidos à costa pelas águas e se misturaram a cinzas vulcânicas — o que deu às "pipocas" o tom correto para que elas realmente se parecessem com o milho estourado que comemos no cinema.
Segundo as autoridades de turismo das Ilhas Canárias, as pipoquinhas são conhecidas tecnicamente como rodolitos. O que isso significa? O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis explica que rodolitos são crostas de algas calcárias que se amalgamaram com outros organismos e formaram estes nódulos.
"Elas crescem sob as águas cerca de um milímetro por ano, então se uma seção particular mede 25 centímetros, quer dizer que está crescendo há 250 anos", informa o site do governo espanhol. Há rodolitos nas Canárias, estimam especialistas, com mais de 4 mil anos.
Bem antigo, o fenômeno foi "redescoberto" por turistas nas redes sociais. Quem quiser visitar a Playa del Bajo de la Burra precisa encarar uma trilha de uma hora do centro de Corralejo à região, calcula a plataforma de viagens Ferry Hopper. Também é possível chegar de carro — de Puerto del Rosario, o trajeto demora 40 minutos.
Apesar de encorajarem o turismo na "Praia da Pipoca", as autoridades das Canárias pedem a visitantes que respeitem o ecossistema local, já que mais de 10 kg de corais são levados de sua costa todo mês por quem quer uma lembrança da viagem.
"Se todo mundo remove um pouco da praia, logo a costa estará vazia", relembram. Ao jornal "El País", o biólogo Francisco Otero esclareceu que os corais da Playa del Bajo de la Burra absorvem gás carbônico enquanto estão na água e ajudam no combate às mudanças climáticas.
Além disso, suas cavidades são usadas por espécies marinhas para depositar ovos durante o período de reprodução. Portanto, é melhor fazer uma foto do que destruir este delicado equilíbrio.
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